De acordo com a presidente, a exigência de conteúdo local para a indústria do petróleo persistirá porque é uma estratégia governamental que visa dotar as empresas nacionais da competitividade exigida pelo mercado internacional.
“Para fazer igual aos chineses, à Coreia do Sul, temos tempo de aprendizado. As coisas estão acontecendo”, disse ela. A média de conteúdo local nos contratos da Petrobrás e demais petroleiras é 65%, disse ela.
Graça Foster não demonstrou muito entusiasmo pela realização da rodada de licitação de blocos de petróleo, que há dois anos vem sendo adiada. Segundo ela, para a Petrobrás “não faz diferença”, porque a companhia tem “um cardápio espetacular” de áreas a serem exploradas.
“Se não acontecer, não modifica nossa prioridade. (…) Entendo bem a ansiedade das empresas, que querem ter novos portfólios”, afirmou. A 11.ª rodada ainda não tem data prevista.
Rigor. A segurança das operações em alto-mar foi tema recorrente na entrevista. Segundo a presidente, depois do acidente no Golfo do México em 2010, os procedimentos da Petrobrás tornaram-se muito mais rigorosos. “É uma mudança muito forte. É uma mudança de atitude”, falou Graça Foster, que revelou não ter a intenção de fazer mudanças na diretoria. “Essa equipe de diretores e presidentes de distribuidoras é a minha equipe.”
Ela não arriscou qual será a produção este ano nem adiantou mudanças no plano de investimentos 2011-2015. Disse apenas que analisará todos os números “com lupa”.
Por: SERGIO TORRES / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)