O primeiro edital da licitação da maior obra de macrodrenagem já vista em Porto Alegre, o Programa de Drenagem Urbana (DrenaPOA), será lançado na semana que vem. O projeto de intervenção na bacia hidrográfica do Areia, de 12 quilômetros de extensão, foi aprovado pela Caixa Econômica Federal. Assim, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) refez os marcos de medição a partir da alteração orçamentária, e estará apto a publicar o edital. O diretor do DEP, Tarso Boelter, estima que a ordem de início das obras será dada ainda no primeiro semestre. O valor investido será de R$ 107,2 milhões.
O DrenaPOA será executado em duas etapas. A primeira, que terá três editais, abrange também obras do arroio Moinho e a reforma e a ampliação das 12 casas de bombas da Capital, incluindo melhorias estruturais, aumento da capacidade e aquisição de geradores de energia. O investimento total da primeira etapa será de R$ 190 milhões.
Atualmente, o DEP trabalha para corrigir aspectos apontados pela Caixa nos dois editais restantes, o do arroio Moinho e o das casas de bombas. As melhorias nas casas de bombas custarão R$ 86 milhões o primeiro lote está orçado em R$ 43 milhões. Já as intervenções na bacia do Moinho estão estimadas em R$ 40 milhões. Boelter estima que esses dois editais sejam lançados em abril.
O modelo de licitação das obras é o Regime Diferenciado de Contratações (RDC). A empresa ou consórcio vencedor realiza a obra e executa o projeto executivo, que será elaborado quando as empresas vencedoras forem conhecidas. “O planejamento está seguindo o cronograma. Estamos em sintonia com a Caixa Econômica Federal e com o Ministério das Cidades”, garante Boelter.
O DrenaPOA foi anunciado em 2014, com orçamento total de R$ 237 milhões. A segunda etapa do programa envolve dois projetos executivos nas bacias hidrográficas dos arroios Guabiroba e Manecão, ambas na Zona Sul. No primeiro, será feito um canal de macrodrenagem para evitar cheias no bairro Ponta Grossa, com orçamento de R$ 457,75 mil. O segundo inclui a implantação de oito reservatórios de detenção em diversos locais, bem como uma casa de bombas e diques de proteção na região do Lami. O valor do projeto é de R$ 1,49 milhão.
(Fonte: Jornal do Comercio)