Para convencer esse sócio a entrar no negócio como minoritário, a Infraero daria a ele por acordo de acionistas total liberdade para administrar e operar os aeroportos do Galeão e de Confins.
A mudança de modelo é criticada tanto pelos grandes operadores mundiais como por empresários brasileiros, que preferem assumir o controle majoritário.
ROAD SHOW
Os operadores, contudo, já avisaram ao governo que aceitam participar, desde que sejam convencidos de que a nova proposta será rentável e segura juridicamente.
Para isso, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) viaja para a Europa nesta semana, acompanhada do ministro Wagner Bittencourt (Aviação Civil) e do presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
Ele vão se encontrar com representantes de companhias espanholas (que controlam aeroportos também na Inglaterra), francesas e alemãs. Dilma ficou de tomar uma decisão depois que receber relatório das conversas com esses grupos.
O limite de 35 milhões de passageiros considerado pelo governo é alto.
Apenas 33 aeroportos no mundo tiveram esse movimento no ano passado, a maior parte deles sem perfil de operar em outros países.
Se o limite aumentar para 45 milhões, apenas 19 aeroportos se classificariam.
Se o limite de 35 milhões tivesse sido imposto no leilão deste ano, haveria apenas 7 participantes e não 12. Se fosse 45 milhões, seriam 5.
O número de passageiros, contudo, é considerado insuficiente para garantir um operador adequado.
O ideal, dizem especialistas, é um processo de qualificação técnica antes de qualquer leilão, exigindo que o candidato comprove determinados atributos, o que não ocorreu no leilão passado.
Por: VALDO CRUZ e DIMMI AMORA
(Fonte: Folha SP)