O Terminal de Cargas tem outras 630 vagas, que não servem como opção para quem vai viajar, por ficar longe dos terminais de passageiros.
Em outubro de 2011, o Estado revelou que, para tentar acabar com o gargalo do estacionamento, a Infraero abriu uma licitação para construir quatro bolsões de estacionamento. A Sinarodo ganhou a concorrência para operá-los.
Só três, porém, saíram do papel. O de 316 vagas, que foi desativado, era de longa permanência e custava R$ 25, metade do preço do principal. Tinha transfer gratuito para os terminais. A Infraero disse que o espaço foi cedido aos taxistas porque o antigo pátio de táxis precisou dar lugar às obras do Terminal 3.
Os outros dois bolsões construídos eram no Terminal 4: o de 240 vagas, agora inativo, e o de 550, ainda em operação.
Edifício. A Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos já prometeu acabar com esse gargalo até 2013: vai construir um edifício-garagem e elevar a capacidade do aeroporto para 10 mil vagas.
A Infraero já havia prometido algo parecido: um estacionamento vertical hi-tech para Cumbica, com a mesma capacidade. Chegou a lançar o edital, mas cancelou-o logo depois. O projeto jamais saiu do papel. Como paliativo, a estatal licitou antigas áreas subutilizadas no entorno de Cumbica e criou os bolsões da Sinarodo.
Além do edifício-garagem, a concessionária também vai assumir a operação do atual bolsão do aeroporto, o de 2,9 mil vagas. Lá, promete otimizar espaços e aplicar um regime de preços diferenciados. Como em um shopping, o motorista vai poder escolher parar em vagas comuns ou no valet – mas terá de pagar mais pelo serviço de manobrista e área vip. Quanto mais perto do terminal, mais cara a vaga.
Dor de cabeça. Atormentada depois de passar quase meia hora rodando pelo estacionamento em busca de vaga, a dona de casa Elcy Lins, de 45 anos, diz que é a “primeira e última” vez que vai ao aeroporto de carro. “O problema é que táxi é caro. Só que vir de carro também não compensa a dor de cabeça. Ouvi falar que vão ampliar o estacionamento. Já era hora”, comenta.
Por: NATALY COSTA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)