Outra de medicamento. Tudo bem. Ganhou empresa do interior de São Paulo. Quando mandei ligar para entregar, ela me disse que não poderia mais manter o preço. Que foi um rapaz da empresa desavisado que baixou o valor naquele nível. Que seria impossível. Fiquei com a cara no chão enquanto povo lá fora ficou mais alguns meses à míngua.
É assim. Tem empresa boa. Tem empresa péssima. Que entra no circuito para encher o saco.
Agora, chegou a minha vez no Governo. A contratação dos aviões. Gastamos quase o ano inteiro estudando a melhor maneira. Decidido – seria uma empresa que cobriria o governo em suas necessidades, modelo do Acre e de Mato Grosso. Tudo bem. Pregão. O mais transparente possível.
A empresa perdedora de Porto Velho, a mesma que vinha nos atendendo, por termos aditivos, entrou com a denúncia, o Tribunal de Contas puxou o processo e mandou reparar e cancelar.
Sem problemas – cancelei e será publicado hoje. Agora, vamos começar do zero. Só tem uma coisa. Não vou alugar mais coisa nenhuma. Nem avião, nem urubu. Vou viajar agora é na asa da Internet. Da videoconferência. Quem me quiser no interior que me leve. No mais eu vou é de carro mesmo. Vai demorar mais, claro que vai. Rondon fez o que fez no lombo do burro, porque não posso fazer o mesmo agora?
Vou comprar para o governo aviões novos. Vai demorar. Sem problemas. Mas, vou comprar, isto tudo se me deixarem comprar. Porque querer é uma coisa e poder é outra. Governador pensa que manda, chega até a se iludir, mas, tem contrapesos poderosos, forças que puxam o governo pra trás, pra frente e para os lados. Mais ou menos com um cavalo arreado, espora, freio na boca e rédea.
Mas, comigo é assim, é tudo ou nada. Avião novo e do Estado. Não queria fazer isto. Mas, só tenho este caminho. Voto vencido não se discute.
(Fonte: Rondonoticias)