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Com verba insuficiente, alunos de escola de MT ficam sem merenda


Diretor alega que R$ 0,30 por criança é insuficiente para garantir merenda.
Panificadora suspendeu entrega de pães devido defasagem de preços.

Os alunos da Escola Estadual José de Barros Maciel, em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, estão praticamente sem merenda. Na unidade estudam 207 alunos em dois turnos, do 1º ao 6º ano.

As escolas recebem por mês o equivalente a R$ 0,30 por aluno, o que não é suficiente para cobrir as despesas com alimentação. No estoque, tem duas caioxinhas de leite e bolachas que só dão para servir mais uma vez. O que era para durar até dezembro já está acabando.

A Secretaria Estadual de Educação afirmou que não recebeu solicitação de complementação de recursos por parte da direção da escola e nem de qualquer outra escola daquele município. Informou ainda que irá entrar em contato com a direção da escola.

As cozinheiras vão adaptando o cardápio com o que tem no estoque. “O cardápio de hoje era pão com ovo, mas, como não tem, nós improvisamos e fizemo sum bolinho de chuva”, disse a cozinheira Lígia Muniz.

O diretor diz que não tem mais pão porque a panificadora suspendeu o fornecimento alegando que os valores estavam defasados. Ele comunicou a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas até agora não teve resposta.

“Os recursos estão sendo repassados normalmente, mas são insuficientes para manter a merenda em dia”, afirmou o diretor da escola Manoel Lourenço da Silva.

Ele explicou que o recurso para a compra de merenda chega por meio de licitação anual, porém, o valor pago por aluno está defasado, pois é uma licitação com base em 2015, mas de lá para cá, os preços dos produtos aumentaram e, por isso, a dificuldade em conseguir manter a cozinha abastecida.

A escola tentou fazer uma nova licitação, mas isso não teve permissão do governo do estado. Segundo o diretor, uma nova licitação só deve ser feita no ano que vem.

Pais e alunos não sabem o que fazer. “É um direito que eles têm. Tem crianças que moram na zona rural e têm que sair de casa às 11h para estar às 13h na escola, confiando que vai ter o lanche”, disse a agente de saúde Mariana Fátima de Oliveira, que é mãe de aluno.

Na semana passada, os pais dos alunos dessa escola fizeram um protesto pelas ruas da cidade, com cartazes, mas ainda assim não tiveram nenhuma resposta da Seduc.

(Fonte: G1)

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