Com as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília no começo deste mês, chegou a quatro o número de aeroportos que receberão recursos das chamadas SPE’s
Com as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília no começo deste mês, chegou a quatro o número de aeroportos que receberão recursos das chamadas Sociedades de Propósito Específicos (SPE’s), já que o aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte, foi privatizado no final do ano passado. Ao todo, agora, a previsão é que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) invista R$ 5,3 bilhões. O montante é 25,3% menor do que a estatal iria aplicar antes do fechamento dos consórcios.
Somados os dois tipos de aplicações, pública e privada, os investimentos nos aeroportos brasileiros até a Copa de 2014 chegam ao valor de R$ 7,1 bilhões. Dessa forma, a previsão é que as quatro concessões já realizadas devam investir R$ 3,5 bilhões no setor, dos quais a Infraero vai bancar 49%, equivalente a R$ 1,7 bilhão. Segundo a assessoria de imprensa da estatal, os valores que as SPE’s vão investir estão sujeitos a mudanças.
O primeiro aeroporto a ser privatizado foi o São Gonçalo do Amarante, em Natal, no Rio Grande do Norte. O consórcio Inframérica formado pelas empresas brasileira Engevix e a argentina Corporación America venceu o leilão. O lance vencedor foi de R$ 170 milhões pela outorga, o que correspondeu a mais de 228,82% de ágio sobre o valor mínimo estabelecido de R$ 51,7 milhões pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília também superaram expectativas do mercado. Com forte atuação dos fundos de pensão, a privatização rendeu R$ 24,5 bilhões, 347% acima do previsto. Os vencedores de Cumbica foram o consórcio formado por 90% da Invepar (sociedade entre a construtora OAS e fundos de pensão Previ, Funcef e Petros) e 10% da sul-africana Acsa. A verba paga em parcelas anuais no período de concessão, será usada para melhorias do setor aéreo.