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CCR tem oferta descartada, e Portugal vende aeroportos a grupo francês

Portugal anunciou nesta quinta-feira (27) o grupo francês Vinci como o vencedor da privatização da gestão dos aeroportos do país ao oferecer cerca de € 3 bilhões (aproximadamente R$ 8 bilhões). A licitação contou com a participação de empresas do Brasil, da Argentina e da Europa.

As ofertas da brasileira CCR, da argentina Corporação América e das gestoras dos aeroportos de Frankfurt e Zurique foram descartadas. A CCR reúne os ativos aeroportuários da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez na América Latina e no Caribe.

 

Esta era a última grande privatização pendente em Portugal, cujo acordo para receber resgate financeiro de € 78 bilhões da UE (União Europeia) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) obriga o país a reduzir os gastos do setor público.

 

A privatização dos aeroportos foi uma das maiores vendas de ativos do Estado português. Na primeira metade do ano, Lisboa já havia se desfeito de suas participações em empresas do setor da energia –pelas quais obteve quase € 3,3 bilhões de euros (aproximadamente R$ 9 bilhões).

 

A transferência da ANA –empresa nacional aeroportuária– ao grupo francês inclui a gestão dos principais terminais aéreos do país por 50 anos.

 

Dez aeroportos passaram para as mãos da iniciativa privada –quatro em Portugal continental, quatro nas ilhas dos Açores e dois nas ilhas da Madeira. Somados, eles registram 30 milhões de passageiros ao ano –o equivalente ao movimento anual do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o maior do país.

 

Entre as exigências está a manutenção do centro de distribuição de voos (hub) do país em Lisboa.

 

LUCRATIVA

 

A ANA é lucrativa, mas, assim como no Brasil, aeroportos lucrativos subsidiam os deficitários. O faturamento do grupo foi de € 425 milhões em 2011 e o lucro líquido, de € 76,5 milhões. O Ebitda (lucros antes de juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de € 199 milhões.

 

Segundo as condições da licitação de ANA, o grupo Vinci terá que pagar imediatamente 100 milhões de euros de sinal e fornecer as garantias bancárias do resto da operação antes da assinatura dos contratos.

 

A empresa francesa não poderá vender a ANA durante cinco anos e ficará com 95% de suas ações –o restante será oferecido aos trabalhadores da companhia.

 

PRIVATIZAÇÃO

 

Portugal também quer vender empresas estatais como a CP-Carga, os CTT-Correios de Portugal e a holding de seguros do banco estatal Caixa Geral de Depósitos, assim como retomar o processo de privatização da companhia aérea TAP.

 

A venda das participações estatais na Energias de Portugal e na Redes Energéticas Nacionais já havia permitido a Portugal obter 60% dos cerca de € 5,5 bilhões previstos no programa de privatizações imposto por UE e FMI.

 

A secretária de Estado do Tesouro de Portugal, Maria Luis Albuquerque, afirmou que, com a privatização da ANA, o país já conseguiu um total de € 6,4 bilhões em receitas de privatizações.

 

(Fonte: Folha de S.Paulo)

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