Este ano, quando o governo lançou o Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria nacional, o Planalto divulgou que o bolo de R$ 15 bilhões que a pasta da Defesa terá para compras neste ano ficará no País, especialmente nas indústrias têxtil e calçadista.
Desde 2010, o governo estabeleceu uma sobretaxa de US$ 12 para cada par de coturno importado, o que afastou os chineses da área de calçados.
Para pôr em prática mecanismos de defesa da indústria têxtil na área de vestuário para as Forças Armadas, questão considerada estratégica, a Abit reuniu-se ontem, em São Paulo, com o general de brigada Adalmir Manoel Domingues , diretor de material do Exército, e com o general de brigada José Carlos Nader Mota, diretor de Abastecimento.
O grupo deve acompanhar nos próximos seis meses os leilões de compras de materiais para avaliar o resultado da margem de preferência de 8% garantida à indústria nacional. Dos R$ 178 milhões de orçamento que o Exército tem para 2012, R$ 78 milhões serão destinados à aquisição de têxteis e vestuário.
Além da vantagem nos preços, a indústria nacional poderá se beneficiar da adoção de barreiras nas especificações técnicas de 19 itens, que serão atualizadas. “Os mecanismos não resolverão o problema, mas abrem espaço para resolução”, disse o representante da Abit.
Por: CLEY SCHOLZ
(Fonte: O Estado de S.Paulo)