Outra consequência da mudança do projeto foi a necessidade de se realizar novas fundações, devido à derrubada das antigas – o que gerou um custo de R$ 11,7 milhões. Ou seja – mesmo com a economia inicial e pontuais reduções de gastos, o custo previsto para a obra atualmente é de R$ 718 milhões. Isso sem considerar gramado (com preço estimado em até R$ 3 milhões), cadeiras e a cobertura do estádio, cuja licitação está em andamento e pode chegar, no máximo, a R$ 173 milhões. O resultado da concorrência deve ser anunciado esta semana.
Para reduzir os gastos, o governo cogita fazer uma parceria que permita o uso de plástico reciclado na produção das cadeiras, o que poderia diminuir o custo de R$ 20 milhões previsto para o tema. É um dos motivos que faz o governo manter como oficial a previsão dada pelo governador Agnelo Queiroz, no ano passado, de que o custo final do estádio ficará em torno de R$ 800 milhões.
Monteiro também informou que uma última alteração feita no contrato, em janeiro deste ano, incluiu a obra no Recopa, instrumento criado pelo governo federal que isenta de impostos alguns dos materiais utilizados nas obras para a Copa. A expectativa é que isso reduza o custo total do empreendimento em até 5% do valor, aproximadamente R$30 milhões, e terá impacto também na aquisição da cobertura. Tudo isso dá margem a um discurso bastante otimista – e até, de certa forma, ufanista do secretário.
– Tudo isso tem uma finalidade lógica, que é ter o estádio número 1 do mundo, o mais novo monumento na capital que é o museu aberto de Niemeyer, e que nos leva a ter a certeza de ter uma obra de qualidade, dando retorno.
Por: Marcelo Parreira
(Fonte: Globo)