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Após negativa da Marinha e proprietária, Segup prepara licitação para içar lancha naufragada


Proprietária da lancha Dona Lourdes 2 alegou em depoimento que não tem condições financeira de arcar com a reflutuação; Marinha não fará o serviço

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) informou, por meio de nota, que o Governo do Estado fará uma licitação para contratar uma empresa que faça o içamento da lancha Dona Loudes 2, que segue no fundo da Baía de Marajó desde que naufragou na quinta-feira (8) passada deixando 22 mortos até o momento. O Estado não informou qual vai ser a modalidade de licitação e não deu prazo para o trabalho ser realizado.

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A decisão de a própria Segup fazer a reflutuação da lancha foi tomada após a proprietária da embarcação, Meire Ferreira, alegar em depoimento que não tem condições financeiras de efetuar o trabalho e de a Marinha do Brasil afirmar que não fará a retirada.

“A Segup reitera que, em depoimento, a proprietária da embarcação alegou não ter condições de arcar com os custos de reflutuação. Posteriormente, foi consultada à Marinha do Brasil sobre a emersão da embarcação, mas a instituição informou que não fará o serviço. Portanto, o Estado está realizando os trâmites legais de licenças e licitação para que o içamento seja realizado”, informou a secretaria por meio de nota.

Criança é última desaparecida do naufrágio

Conforme o Notícia Marajó informou, as equipes de resgate composta por agentes estaduais e da Marinha do Brasil entram nesta quarta-feira (14) no sétimo dia de buscas por sobreviventes do naufrágio. A Segup acredita que falta resgatar apenas uma criança identificada como Sofia Lorem, de três anos. Ela é a última da lista de reclamados por familiares.

A família já não tem esperança de que Sofia Lorem tenha sobrevivido e acredita que a menina esteja presa na embarcação, que ainda não foi retirada do fundo do rio.

“Eu não sei porque não fizeram o içamento. É um serviço simples, que até a gente, pescadores, pode fazer. Não sei porque eles, com toda a estrutura não fizeram isso ainda. A família acredita que ela esteja na lancha. Ela estava sentada próximo à sala de máquinas, a primeira parte da embarcação que foi para o fundo”, afirmou o pescador Néris Amaral, que é tio de Sofia, ao Notícia Marajó.

Por meio de nota, o secretário Ualame Machado afirmou que mergulhadores já estão vasculhando o interior da lancha.

“Há dois dias os mergulhadores estão vasculhando o interior da embarcação para localizar outros corpos, que possivelmente podem estar submersos. Logo conseguimos retirar o corpo de um homem que foi identificado e liberado para a família, e agora continuamos as buscas para resgatar a última vítima procurada pelos familiares, a criança Sophia Loren. Ressaltamos, mais uma vez, que as buscas são feitas diariamente, e não mediremos esforços para que a menina seja encontrada. A família recebe informações diariamente, por meio da equipe de atendimento psicossocial da Segup”, explicou o secretário.

Nove embarcações do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu) e do Grupamento Marítimo Fluvial (Gmaf) continuam as buscas. Um helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) também auxiliou na localização de corpos na superfície da baía. Os trabalhos começam diariamente às 5h com o deslocamento de embarcações levando agentes do Corpo de Bombeiros Militar, que fazem mergulhos diários. Equipes de 15 mergulhadores se revezam no local do naufrágio e no entorno, onde já foi possível localizar a embarcação e resgatar vítimas que estavam desaparecidas.

Até o momento foram contabilizados 66 sobreviventes, dentre os que receberam assistência psicossocial e foram ouvidos no trabalho investigativo. Das 23 pessoas procuradas por familiares e incluídas na lista de desaparecidos, 22 foram encontradas. Após os exames necessários, os corpos foram liberados para sepultamento.

São 22 mortes (13 mulheres, seis homens e três crianças). Destes, 15 foram levados para o Arquipélago do Marajó com o suporte do governo do Estado e sete corpos foram entregues aos familiares em Belém.

Assistência

A equipe de atendimento psicológico do Sistema de Segurança Pública mantém o contato com familiares da vítima que continua desaparecida, atualizando sobre o trabalho de buscas e prestando todo o apoio necessário.

Parentes de pessoas desaparecidas, vítimas ou sobreviventes, que necessitem de qualquer suporte podem procurar o Grupamento Fluvial na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000 (ao lado do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação – CIIR), onde serão atendidos por uma equipe multidisciplinar, que fornece informações, serviços essenciais e assistência psicossocial.

No local também estão pertences das vítimas encontrados pelas equipes de buscas. Contatos podem ser feitos também pelo telefone da Defesa Civil do Estado do Pará, pelo número (91) 98899-6323.

(Fonte: Noticias Marajo)

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