O advogado disse ainda que não descarta a possibilidade de recurso ao fim do processo. “É obrigação do advogado, que deveria ser considerado um covarde se deixasse de exercer em toda a plenitude a defesa”, afirmou.
Hermes Guerrero, advogado de Ramon Hollerbach, criticou a falta de individualização da conduta do cliente, ex-sócio de Marcos Valério.
“A maior dificuldade que tenho no processo é responder ao meu cliente, que me pergunta qual é a acusação. Tudo que acontece com Marcos Valério acontece com ele: se ele é absolvido, é absolvido em bloco; se é condenado, é condenado em bloco.”
O advogado de Cristiano Paz, Castelar Guimarães Filho, disse “lamentar” os votos condenatórios, mas viu com alguma esperança o voto do ministro Cezar Peluso.
O ministro foi o único a antecipar as penas dos réus. Ele atribuiu a Paz a pena de dois anos de reclusão. Se essa tese sair vencedora, os crimes de Paz estariam prescritos.
“No mérito, [Peluso] entendeu contrário ao ponto de vista da defesa. Mas por outro lado agiu corretamente ao arbitrar as penas considerando a primariedade, os bons antecedentes”, disse Castelar.
(Fonte: Folha SP)