O advogado do deputado João Paulo Cunha, Alberto Zacharias Toron, criticou uma “contradição” no voto do ministro Cezar Peluso.
Para o ministro do STF, não era preciso provar que Cunha favoreceu a empresa SMPB em licitação na Câmara para que fosse caracterizado o crime de corrupção passiva.
“É uma contradição, porque a acusação sempre sustentou que João Paulo Cunha recebeu os R$ 50 mil para favorecer a SMPB. O que se vê agora é que os juízes abandonam essa linha para dizer que não precisa haver favorecimento”, afirmou Toron.
O advogado afirmou que isso reforça a tese de que o dinheiro veio do PT e se destinava a pesquisas pré-eleitorais. “Se ele não praticou nenhum ato de ofício para favorecer a SMPB, não vejo por que se falar em corrupção.”
Toron disse que seu cliente sempre apresentou, no processo, a mesma versão para explicar o motivo de sua mulher ter ido sacar os R$ 50 mil. Fora do processo, em depoimento à CPI dos Correios, Cunha havia dito que era um pagamento da TV a cabo.