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A culpa não é da Copa

Táxis são outra fonte de transtornos para os passageiros que utilizam o aeroporto. Em horários de concentração de voos – como o fim da madrugada e início da manhã, quando chega boa parte dos aviões que fazem voos internacionais -, a espera entre a compra do tíquete e a entrada no táxi supera uma hora.

 

Quando se compara o ritmo de crescimento do número de passageiros que passam por Cumbica com a evolução dos serviços e a expansão das instalações fica claro que o aeroporto tem cada vez menos capacidade para atender à demanda. A inauguração do Terminal 4, no início de 2012, com capacidade para 5,5 milhões de passageiros por ano, apenas evitou que a saturação, previsível pelas estatísticas de movimentação dos últimos anos, se tornasse crítica.

 

Em 2011, Cumbica bateu novamente seu recorde de movimentação de passageiros. Suas instalações foram utilizadas por 29,96 milhões de passageiros, dois terços mais do que a capacidade de então, de 18 milhões de passageiros por ano.

 

A inauguração do Terminal 4 e obras paliativas elevaram sua capacidade para os atuais 31,4 milhões de passageiros/ano, mas sua movimentação continua a crescer. No primeiro semestre do ano, Cumbica registrou a passagem de 15,6 milhões de passageiros, 8,6% mais do que na primeira metade de 2011. Se o ritmo se mantiver por todo o segundo semestre, o ano fechará com 31,2 milhões de passageiros, praticamente sua capacidade recentemente expandida.

 

Novo aumento de capacidade só ocorrerá quando o Terminal 3, atualmente em obras, começar a operar parcialmente, o que, de acordo com o cronograma, ocorrerá apenas em 2014. Até lá, o movimento por Cumbica continuará crescendo. Na hipótese de o crescimento retomar o ritmo observado até o ano passado, de cerca de 15%, o próximo ano poderá registrar o movimento de 37,4 milhões de passageiros, 20% acima de sua capacidade.

 

Cumbica é apenas um entre os seis aeroportos por onde passarão os turistas atraídos ao País pela Copa e que estão saturados ou estarão no início de 2013, bem antes da realização do torneio mundial de futebol. O problema não é nem será causado pela Copa. Ele resulta de falhas de gestão do sistema aeroportuário brasileiro, algumas das quais só agora começam a ser sanadas, com a abertura do setor para a iniciativa privada.

 

(Fonte: Estadão)

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