Documento pedia destino de R$ 150 mil para obras de infraestrutura no Jardim Encantado
Os vereadores petistas de Rio Grande da Serra, Claudio Manoel Melo, o Claudinho da Geladeira, e Cleson Souza, não conseguiram adquirir nesta quarta-feira (19/10) as três assinaturas necessárias na Câmara para que um requerimento, sobre o destino da emenda apresentada pelo deputado estadual Bruno Covas (PSDB) no valor de R$ 150 mil que seriam destinados a obras de infraestrutura urbana para o Jardim Encantado, entrasse em discussão na Casa.
O Legislativo da cidade exige pelo menos três assinaturas para conseguir protocolar requerimentos e o documento foi assinado apenas pelos dois petistas. A justificativa apresentada pela bancada de sustentação foi de que a Casa já aprovou um projeto para a liberação das obras. “Aprovamos no dia cinco de outubro um projeto que libera uma verba de R$ 150 mil para obras de calçamento do Jardim Encantado e ainda não deu tempo de licitar. Não tem coerência pedir explicações agora”, alegou o vereador Valdir Marques (PSDB).
Claudinho disse que já previa que o requerimento pudesse não ser aceito. “Lamentamos não ter conseguimos apresentar o documento que tinha como finalidade obter conhecimento de todas as emendas de deputados que chegam para nossa cidade”, disse. Para Cleson Souza (PT), o importante é não perder o dinheiro. “O que me preocupa é se corremos o risco de perder o recurso, porque a reforma da quadra da Casa Encantada no mesmo bairro estava em tramitação desde 2009 e só agora está em processo de licitação”, afirmou.
A reportagem do ABCD MAIOR, publicada na edição de sexta-feira (14/10), mostrou que o bairro, que possui quatro ruas, sendo duas de barro, ainda não recebeu um real da emenda, apresentada em 2010. Bruno Covas teve o nome envolvido no chamado “emendoduto”, denúncia do também deputado Roque Barbieri (PTB) apontando que alguns parlamentares cobravam propina de 5% a 10% para encaminhar emendas às prefeituras. O tucano chegou a afirmar, em entrevista, que um prefeito já tentou lhe dar propina em troca de emendas.
Por: Fabíola Andrade (fabiola@abcdmaior.com.br)
(Fonte: ABCD Maior)