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Tolmasquim prevê que projetos eólicos ficarão prontos antes de 2016

O presidente da EPE destacou, no entanto, que problema de fornecimento do País não será resolvido apenas com o desenvolvimento desse tipo de energia.

 

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, acredita que os projetos eólicos incluídos no leilão A-5 devem ficar prontos antes do prazo. A concorrência realizada nesta terça-feira, 20, prevê a entrega de energia elétrica a partir de janeiro de 2016. “A eólica é uma fonte que fica pronta em dois anos, por isso muito provavelmente os projetos ficarão prontos antes”, projetou. “O problema maior é fazer a rede de transmissão”, complementou.

O leilão de energia proveniente de 39 projetos eólicos no último certame de 2011 foi comemorado por Tolmasquim, uma vez que a energia eólica é complementar à oferta de energia hidrelétrica. O executivo, entretanto, fez questão de destacar que a participação de projetos eólicos deve ser analisada com ressalvas. “Não podemos achar que a conseguiremos resolver (a questão de fornecimento de energia do País) só com eólica. Em algum momento vamos precisar entrar com usinas de base”, afirmou, referindo-se a projetos hidrelétricos e térmicos.

O leilão realizado hoje negociou 555,2 MW médios, atendendo a 100% da demanda das concessionárias de distribuição para 2016, informou a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). Do volume total, cerca de 80%, ou 452,4 MW médios, são provenientes de projetos eólicos, num total de 39 usinas.

Duas térmicas a biomassa também comercializaram energia no leilão, respondendo por 3,8% da energia negociada, ou 21 MW médios. Os 81,8 MW médios restantes são provenientes da Usina Hidrelétrica São Roque, projeto que também ofertado no leilão e ficou nas mãos da Desenvix. “Houve uma boa distribuição geográfica, mas mais importante, toda a demanda foi atendida”, destacou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, em apresentação à imprensa, após a conclusão do leilão.

Considerando a capacidade instalada dos projetos cuja energia foi negociada no leilão, o que corresponde a 1.211,5 MW, cerca de 70% (856,9 MW) se referem a projetos localizados no Nordeste, enquanto Sudeste e Centro-Oeste terão 50 MW cada e o Sul ficará com 247 MW.

No que diz respeito aos investimentos, do total de R$ 4,334 bilhões previstos, R$ 3,039 bilhões irão para o Nordeste, outros R$ 149,1 milhões irão para a térmica à biomassa em Goiás, R$ 418,7 milhões são destinados a projetos eólicos no Rio Grande do Sul e os R$ 674 milhões restantes devem ser direcionados à hidrelétrica São Roque. A térmica à biomassa localizada em São Paulo e que também comercializou energia no leilão não possui investimentos previstos.

O leilão desta terça-feira não contou com a presença de projetos térmicos, devido à inexistência de oferta de gás natural para tais projetos, e apenas um projeto hidrelétrico teve energia leiloada (São Roque). O complexo hidrelétrico de Parnaíba não teve energia leiloada. A explicação para isso, segundo Tolmasquim, é a própria característica do projeto. “(As usinas) do complexo Parnaíba não são, do ponto de vista energético, as melhores usinas que nós temos”, ressaltou. Duas das três usinas do complexo já haviam sido leiloadas no ano passado e também não haviam atraído investidores.

Tolmasquim explicou que o número de pessoas afetadas no Parnaíba é, em termos de potencial de energia gerada,equivalente ao do projeto de Belo Monte, “que é muito maior”, disse. Apesar disso, o presidente da EPE evitou descartar a inclusão do complexo em novas concorrências. “Em termos energéticos, puramente, há outras usinas mais interessantes, Mas isso não quer dizer que a gente deva descartá-la sem uma análise mais profunda”.

Apesar do novo fracasso acerca do complexo Parnaíba, o saldo do leilão foi positivo, segundo o presidente da Comissão Especial de Licitação (CEL), vinculada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Márzio de Moura. “Estamos satisfeitos com o resultado do leilão e vamos continuar o caminho desse modelo, que está se consolidando e o qual consideramos mais adequado”, afirmou. “Estamos contratando energia para 2016, o que nos traz bastante tranquilidade”, complementou Tolmasquim.

 

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