O contrato prevê a realização de “serviços emergenciais”, pelos quais o governo pagaria R$ 2 mil por visita. Questionada pela reportagem, a Prodesp afirmou que nunca foi necessário nenhum serviço de emergência nem fora da sede da Prodesp. Sobre valores, a Prodesp informou que, desde julho de 2008, paga mensalmente à Fence R$ 69.120, o que totaliza R$ 829.440. A Prodesp não explicou a diferença desse valor para os R$ 858,6 mil.
A Secretaria da Fazenda informou que os pagamentos feitos à empresa não aparecem no Prestando Contas, site do governo que mostra a execução orçamentária estadual, porque a Prodesp é uma empresa não dependente – e, como tal, não está incluída no sistema de informações orçamentárias.
Passado. A Fence já foi motivo de polêmica em duas eleições presidenciais. Na primeira, em 2002, integrantes do então Partido da Frente Liberal (PFL) – atual DEM – atribuíram a uma escuta clandestina feita pela empresa a origem da operação da Polícia Federal que descobriu R$ 1,4 milhão no cofre da empresa Lunus, de propriedade de Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, pré-candidata ao Palácio do Planalto.
A quantia supostamente era destinada ao caixa da campanha presidencial de Roseana naquele ano, que acabou não ocorrendo por conta do impacto daperação. A Fence fora contratada pelo Ministério da Saúde na gestão de José Serra, candidato do PSDB naquela eleição.
Por: Fernando Gallo
(Fonte: O Estado de S.Paulo)