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Prefeito de SP pede a Dilma R$ 400 milhões economizados em licitações

Dinheiro proveniente do PAC pode ser investido em novas obras na cidade. Presidente mandou ministro avaliar possibilidade de devolução da verba.

 

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), quer que o governo federal devolva uma verba de cerca de R$ 400 milhões à cidade para investir em novas obras. O pedido foi feito à presidente Dilma Rousseff (PT) durante uma reunião em Brasília nesta segunda-feira (9).

 

O dinheiro é proveniente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e foi gerado após economia feita pela Prefeitura de São Paulo na licitação de obras. “A gente discutiu sobre as obras do PAC na cidade, sobre ordens de serviço de obras recém-licitadas. Expus para ela os descontos que nós estamos tendo da tabela da Caixa”, disse Haddad.

 

Segundo o prefeito, ele conseguiu um desconto de 18% das obras financiadas do PAC, baseada no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), utilizada pela Caixa Econômica Federal. “Eu levei a ela [Dilma] um relatório mostrando que nós estamos conseguindo descontos em média de 18% da tabela da Caixa. Antes da minha administração esses descontos eram de 1 a 2%, hoje estamos em 18% da tabela Sinapi que é da Caixa”, justificou.

 

Haddad disse que, apesar da Caixa Econômica Federal ter uma tabela que é considerada pelo meio empresarial apertada, a economia foi possível através da concorrência. “O que eu reivindiquei a ela, e ela ficou de analisar, é utilizar o recurso economizado para outras obras. Se nós estamos fazendo economia graças ao esforço da Prefeitura, por que não abrir para outras obras que a cidade também precisa?”, questionou o prefeito. Segundo o prefeito, a presidente Dilma destacou o ministro  do Planejamento, Nelson Barbosa, para analisar seu pedido. Não há uma data definida para a resposta.


Mananciais

Questionado sobre a recuperação dos mananciais das represas Billings e Guarapiranga e a remoção das famílias que vivem nesses locais para a despoluição das represas, o prefeito disse que as empresas contratadas querem cobrar valores superiores aos estipulados pela tabela Sinapi e que as obras permanecerão paralisadas enquanto não houver adequação financeira.

 

“Ali a licitação não observou a tabela da Sinapi. Eu não posso financiar obras do PAC acima da tabela Sinapi, a Caixa não paga. Ou os empresários apresentam um projeto e readequam as planilhas ou nós não poderemos utilizar os contratos elaborados no final da administração anterior”, afirmou.

 

O assunto veio à tona após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar que usaria mais água da represa Billings para abastecer a população durante a crise hídrica. No entanto, o prefeito promete ser linha dura e não ceder à pressão dos empresários. “O que eu decidi é que nós não vamos pagar acima da tabela Sinap, não importa quem seja a empresa. As empresas do PAC manancial que não se adequarem, não apresentarem seus projetos, não vão ter ordem de serviço, porque é uma questão de economia de recurso público”, justificou.

 

(Fonte: G1)

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