Poucos foram os que se deram conta, mas na encalacrada licitação para exploração de parte dos serviços de água e saneamento na capital do Piauí (um negócio de centenas de milhões de reais), ficou de fora a Odebrecht.
A companhia que reina absoluta no lodaçal da Lava Jato era uma das cinco correntes ao filão de um negócio que, inicialmente, pode representar um aporte de até R$ 180 milhões.
Cinco empresas, três delas em consórcio, apresentaram propostas técnicas para a subconcessão dos serviços de distribuição de água e saneamento em Teresina: Aegea, Águas do Brasil e os consórcios liderados pela Enorsul, Ecoágua e pela companhia indiana Va Tech Wabag, que comprou da Norberto Odebrecht posições de negócios de saneamento em outros países da América Latina.
Sob o nome de Consórcio Poti Ambiental se escondia a poderosa Odebrecht, famosa por sua participação na operação Lava Jato.
O consórcio Poti, liderado pela Ecoágua Soluções S/A, reúne as empresas Odebrecht Ambiental e suas subsidiárias de Cachoeiro do Itapemirim (ES), Uruguaiana (RS) e Mauá (SP).
Compõem ainda o consórcio a Companhia de Saneamento de Tocantins (Saneatins), também uma subsidiária da empreiteira baiana e F Ab Zona Oeste S/A, que atua no Rio de Janeiro.
Mesmo trocando o nome, de Odebrecht para Poti, (camarão, na língua tupi) a empreiteira não foi muito longe na disputa.
Pelo que se vê, esconder seu “pedigree” não rendeu muita coisa para a Odebrecht, porque as demais competidoras estavam melhor preparadas, seja tecnicamente, seja pela proposta econômico-financeira.
(Fonte: POrtal AZ)