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Obras atrasadas elevam os custos de projetos e afetam a economia do Brasil

Com boa vontade, se a licitação sair até o primeiro semestre do ano que vem, o projeto será concluído em 2020. Mas essa é apenas outra estimativa.

 

No Brasil carente de infraestrutura, obras essenciais para garantir o desenvolvimento costumam atrasar, pelo menos, quatro anos e custar até seis vezes mais do que o previsto. Em alguns empreendimentos vitais, como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, destinada à produção de óleo diesel, e fundamental para reduzir as importações brasileiras do produto, o investimento aumentou 537% em relação à estimativa inicial. Mesmo assim, a conclusão do projeto, estimada para 2011, ainda está longe do fim.

 

O Trem de Alta Velocidade (TAV) entre São Paulo e Rio de Janeiro, que deveria ter operado durante a Copa do Mundo, não saiu do papel e tampouco estará pronto para as Olimpíadas de 2016. Com boa vontade, se a licitação sair até o primeiro semestre do ano que vem, o projeto será concluído em 2020. Mas essa é apenas outra estimativa.

 

Os exemplos de ineficiência se multiplicam. Obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apesar de consideradas em estágio adequado pelo Ministério do Planejamento, acumulam atrasos e estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), suspeitas de superfaturamento e má qualidade na execução. Na avaliação de especialistas, a lei das licitações, entraves para licenciamento ambiental, projetos mal-elaborados e corrupção são alguns dos motivos de tanta morosidade.

 

Estudo da Consultoria Ilos — Instituto de Logística, feito com base nas 12 maiores obras do PAC, aponta que a média de atraso é de quatro anos e a do custo final é 85% superior ao previsto nos projetos iniciais. A comparação dos dados dos balanços do PAC 1 e do PAC 2, revela, contudo, que, em muitos casos, os atrasos e percentuais de aumento do investimento necessário são assustadoramente maiores. O especialista em logística da Ilos Paulo Fleury detalha que a origem do problema está na lei de licitações. “Quando se faz uma proposta, o cálculo apresentado é o valor inicial de cada etapa e não do custo final. Depois são feitos aditivos. E não existe fiscalização pelo governo”, exemplifica.

 

(Fonte: Diario de Pernambuco)

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