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Metrô esbarra em falta de verbas para sair do papel

Muito aguardado pelos porto-alegrenses, o metrô está longe de se tornar realidade na Capital. Enquanto as equipes seguem realizando os projetos técnicos para definir a modelagem, o impasse quanto à origem dos repasses persiste. Há um ano, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, anunciou que, se o Estado não tivesse condições financeiras para pagar sua parcela da obra (R$ 1,08 bilhão), a União criaria um fundo garantidor, que cobraria esse valor, a partir de ativos próprios. O fundo, porém, não foi formado, e a maneira de viabilizar a construção do metrô permanece uma incógnita.

Segundo o coordenador do projeto MetrôPoa, engenheiro Luiz Cláudio Ribeiro, na área técnica, a equipe responsável pela construção do metrô de Madri, na Espanha, está assessorando os engenheiros e os arquitetos da prefeitura. “Estamos atuando juntos, em um plano de trabalho que vai até o final deste ano, a fim de publicar, ainda em 2016, um edital de licitação na modalidade Parceria Público-Privada (PPP), tendo em vista no projeto todas as evoluções tecnológicas possíveis”, ressalta.

O vencedor da licitação será responsável pelo projeto executivo e pela construção da obra, estimada entre quatro e cinco anos, e operação e manutenção do metrô por 25 anos. Pode concorrer qualquer empresa nacional ou internacional, independentemente se participou ou não dos estudos anteriores da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI).

O edital, conforme Ribeiro, já está pronto, mas passa por avaliação, para atualizar constantemente as informações técnicas. O lançamento do documento depende de verbas. “Estamos aguardando um retorno em relação aos repasses, para sabermos sobre os rumos do projeto. Devido à crise, as condições financeiras estão sendo rediscutidas”, explica.

A Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Regional (Seplan) informou, por meio da assessoria de imprensa, que não possui verba prevista, no momento, para a construção do metrô. A pasta aguarda espaço fiscal para operações de crédito junto ao governo federal.

A obra tem custo total de R$ 4,84 bilhões. Além de um empréstimo a fundo perdido de R$ 1,77 bilhão por parte do governo federal, está previsto também um financiamento de R$ 3,5 bilhões, que envolve contrapartida estadual da ordem de R$ 1,08 bilhão, mais R$ 1,3 bilhão captados na iniciativa privada e R$ 690 milhões da prefeitura.

(Fonte: Jornal do Comercio)

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