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Metrô de SP recebe 10 propostas para dar continuidade às obras da Linha 4


Dez empresas apresentaram propostas para empreendimento.
Metrô espera concluir a licitação ainda no primeiro semestre de 2016.

O Metrô de São Paulo recebeu nesta quarta-feira (6) dez propostas dos consórcios interessados em executar as obras civis da segunda fase da Linha 4-Amarela. As propostas passarão pela análise da comissão de licitação do Metrô. A empresa espera definir o vencedor e publicar a decisão no Diário Oficial ainda no primeiro semestre de 2016.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo liberou na quarta-feira (30) a licitação da conclusão da Linha 4-Amarela. O certame estava suspenso desde o dia 17, após o tribunal receber manifestações apontando possíveis erros no edital. A sessão de recebimento de abertura das propostas chegou a ser suspensa. Nesta quarta, as manifestações feitas por uma empresa e um advogado foram julgadas improcedentes

As obras da segunda fase da Linha 4-Amarela começaram em 2012 e os contratos foram assinados no fim de 2011 com o consórcio Corsán-Corviam. Em julho de 2015 o Metrô rescindiu unilateralmente o acordo, pelo não cumprimento por parte da construtora.

O serviço licitado agora compreende a continuidade das obras civis das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, além do terminal de ônibus anexo a esta última. O contrato a ser assinado prevê os seguintes prazos para término dos trabalhos, após a emissão da ordem de serviço: 12 meses para a estação Higienópolis-Mackenzie; 15 meses para a estação Oscar Freire, 18 meses para a estação São Paulo-Morumbi; e 36 meses para a estação Vila Sônia.

Apresentaram propostas as seguintes empresas:
Salini Impregilo S.P.A. – R$ 1.076.595.699,48
Consorcio Linha 4 Amarela fase 2 (Construtora Norberto Odebrecht S.A. e Odebrecht Engenharia e Construção Internacional S.A.) – R$ 874.077.044,18
Consorcio Carioca/Ferrovial (Carioca Christiani-Nielse Engenharia S/A e Ferrovial Agroman S/A) – R$ 863.920.354,06
Construtora e Comércio Camargo Correa S.A. – R$ 1.009.469.498,47
Consórcio TC-Linha 4 Amarela (TIISA-Infraestrutura e Investimentos S/A e COMSA S/A) – R$ 858.734.546,73
Consórcio Ferreira Guedes-Acciona-L4 (Construtora Ferreira Guedes S.A. e Acciona Infraestructuras S.A.) – R$ 988.102.070,42
Consorcio Construcap-Copasa-Assignia Linha 4 Amarela Fase 2 (Construcap-CCPS Engenharia e Comércio S.A., Sociedad Anonima de Obras y Servicios Copasa e Assignia Infraestructuras S.A.) – R$ 849.900.000,00
Construtora Queiroz Galvão S.A. – R$ 939.570.541,21
Consorcio Nova Linha 4 (Andrade Gutierrez Engenharia S.A. e Andrade Gutierrez Europa Africa e Asia S.A.) – R$ 933.755.480,81
Power Construction Corporation of China LTD – R$ 1.328.617.218,31
A linha opera agora com 9 km e 7 estações, de Luz a Butantã. Quando completa, vai operar de Luz à Vila Sônia, com um total de 14 km, 11 estações e demanda diária de 981 mil pessoas.

As obras são orçadas em R$ 1,3 bilhão e têm financiamento do Banco Mundial.
A expectativa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos é entregar as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire em 2017, três anos após a primeira estimativa feita pelo Metrô para a conclusão das obras: 2014. Já as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia deverão ser entregues em 2018.

Contrato rompido
O consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam era responsável por concluir a Linha 4-Amarela do Metrô, mas que teve o contrato quebrado pelo Metrô após as obras serem paralisadas. A rescisão do contrato foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em fevereiro deste ano, mas ocorreu apenas em julho.

O Metrô rompeu os contratos de forma unilateral, alegando que não foram atendidas cláusulas contratuais. Já o consórcio Isolux Corsán-Corvian disse que as empresas contratadas pelo Metrô atrasaram a entrega dos projetos e isso aumentou o prazo da obra em 50%. “A Isolux está segura de que cumpriu todas as suas obrigações e que a inviabilidade do contrato não pode ser atribuída a qualquer falha ou quebra de contrato por sua parte”, disse.

O consórcio foi contratado em 2012 por R$ 1,8 bilhão para construir as estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, além de um pátio de manobras e um terminal de ônibus na Vila Sônia. Pouco do serviço contratado, porém, foi entregue.

A nova licitação prevê o pagamento de R$ 1,3 bilhão à empresa vencedora da licitação porque parte da obra, como as escavações das estações, já está concluída. O Metrô fez um levantamento do que está pronto e calculou o que era necessário para concluir a linha.

Linha 4-Amarela
A Linha 4 terá 11 estações, ao longo de quase 13 km entre a Luz e a Vila Sônia. O contrato para início da primeira fase das obras foi assinado em novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e Faria Lima, em maio de 2010. A segunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a estação Fradique Coutinho foi aberta, em novembro de 2014.

Depois de ficarem suspensos em 2014, somente os trabalhos nas estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire foram retomados em abril deste ano, quando o Metrô e a construtora fecharam um acordo. O governo já havia ameaçado romper o contrato por causa de atrasos na obra, mas decidiu pagar mais R$ 20 milhões para o consórcio responsável.

(Fonte: G1)

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