Notícias

Governo instaura processo contra 22 empreiteiras

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) instaurou um processo administrativo de responsabilização em desfavor das empreiteiras investigadas na operação Rêmora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) no início deste mês.

A medida foi oficializada por meio de uma Portaria publicada no Diário Oficial que circulou ontem. Ela foi assinada em conjunto com a Controladoria Geral do Estado, que vai auxiliar na condução do processo.

Os servidores Cristiane Laura de Souza, Elzimar Rodrigues de Moura e Mariuza Rodrigues Urcino integrarão a comissão. Ao todo, 22 empresas serão investigadas. Entre as suspeitas estão pagamento de propina e fraude em licitação.

Conforme o ato, caso as suspeitas sejam comprovadas por meio do processo disciplinar, as empresas poderão incorrer nas penalidades descritas nos artigos 6º e 7º da Lei Federal nº 12.846/2013, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

As empresas em questão seriam responsáveis pela manutenção física de diversas unidades de ensino em todo o Estado. Em decorrência da operação Rêmora, também foram suspensos investimentos na ordem de R$ 20,7 milhões, que seriam destinados à ampliação e reforma de 16 unidades de ensino em Mato Grosso.

A suspensão se dará por 60 dias e foi oficializada por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial e assinada pelo secretário interino de Educação José Arlindo de Oliveira Silva.

Conforme o gestor, as obras não podem ser iniciadas tendo em vista que estão sendo alvo de investigação do Ministério Público.

A operação Rêmora foi deflagrada pelo Gaeco no início deste mês a fim de combater fraudes em licitações e contratos administrativos de construções e reformas de escolas que teriam ocorrido na Secretaria de Educação de Mato Grosso.

As irregularidades nos processos licitatórios teriam começado em outubro de 2015 e envolveram pelo menos 23 obras de reforma e construção de escolas públicas que totalizam mais de R$ 56 milhões.

O esquema teria contado com a participação de três servidores da Pasta, sendo um deles superintendente de Acompanhamento e Monitoramento da Estrutura Escolar. Empresários também são suspeitos de envolvimento.

Conforme investigação, os funcionários públicos recebiam informações privilegiadas sobre as licitações e organizavam reuniões com empreiteiros para fraudar a livre concorrência do processo licitatório. Assim, as obras eram distribuídas para 23 empresas específicas.

(Fonte: Diario de Cuiabá)

Related posts
Notícias

Governo lança edital público de licitação da Rota da Celulose

Aviso de licitação do projeto de concessão de rodovias da Região Leste de Mato Grosso do Sul foi…
Read more
Notícias

Licitação para aquisição de caminhões baú é destaque da Agenda Celic

Período de 23 a 27 de setembro tem 28 certames requisitados por diversos órgãos do governo…
Read more
Notícias

Correndo risco de serem despejados, donos de pit dogs se mobilizam contra licitação do MP-GO

Tribunal de Justiça irá julgar a Ação Civil Pública nesta terça-feira, 24. Decisão pode…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *