Turistas e moradores que passaram a virada de ano em Garopaba, na Grande Florianópolis, encontraram um cenário de obra inacabada no Centro da cidade. Na Avenida dos Pescadores, a ‘beira-mar’ do município, um trecho de calçamento que se alongou durante todo o ano passado entrou em 2016 sem conclusão.
O ponto sem calçamento é justamente o lugar escolhido pela prefeitura para montar um palco e organizar as festividades de Réveillon. No local, foi feito um calçamento “provisório” com pedras, para evitar que a chuva cause ainda mais estragos ou que os carros fiquem atolados.
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura de Garopaba, o problema se deu pela combinação de três fatores: o atraso nos repasses do Ministério do Turismo; a necessidade de se concluir antes uma obra hídrica nas proximidades; e o excesso de chuva, que danificou estruturas na área.
Para completar o cenário, o movimento de turistas no pico da temporada acabou adiando em mais alguns dias a finalização do trecho, diz o secretário Luiz Antônio de Campos. Ele afirma que mexer no calçamento na época de maior fluxo seria “péssimo para todo mundo”. As obras do calçamento devem ser retomadas nesta segunda-feira, dia 4 de janeiro, e concluídas “em poucos dias”:
— Fizemos o asfalto na Praia da Ferrugem e os deques na praia, mas quando chegamos à segunda etapa do projeto, o governo federal trancou os recursos. Em 2014 nos garantiram que teríamos a verba, mas não foi liberado. Em 2015, pediram uma nova licitação, o que já ocorreu, mas a empresa começou a fazer a obra sem receber nada — justifica Campos.
Segundo o secretário, ele e o prefeito Paulo Sergio Araújo (PSD) foram a Brasília em novembro para pedir os repasses, o que foi garantido pelo Ministério do Turismo na ocasião. O dinheiro teria sido liberado no dia 18 de dezembro, mas ainda não chegou à empresa vencedora da licitação.
A conclusão da implantação de uma rede de esgoto também influenciou o atraso. Segundo o secretário, o cronograma do calçamento precisou ser alterado por conta de uma estação elevatória que foi construída no mesmo local.
— Se fizéssemos o calçamento primeiro, depois teríamos que tirar tudo para concluir a estação.
A prefeitura já falava em interromper as obras e deixar as duas últimas quadras para depois do pico da temporada desde, pelo menos, outubro do ano passado, quando constatou-se que 40% do calçamento haviam sido concluídos, mas só 4% da verba tinha sido repassada.
Fonte: ANotícia