Notícias

Fraude envolve ex-governadores e ex-senador

No Rio Grande do Norte, o MP identificou um suposto esquema fraudulento no Departamento Estadual de Trânsito, a partir de um suplente de senador e dois ex-governadores.

 

No Rio Grande do Norte, o Ministério Público identificou um suposto esquema fraudulento no Departamento Estadual de Trânsito, a partir de um suplente de senador e dois ex-governadores. A operação Sinal Fechado foi deflagrada ontem e culminou com a prisão de 14 pessoas e 25 mandados de busca e apreensão. Entre os presos estão o ex-senador e atual suplente João Faustino Ferreira Neto (PSDB), o ex-diretor geral do Detran Carlos Theodorico Bezerra e o advogado George Anderson Olímpio da Silveira. Os ex-governadores Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira (PSB), embora não tenham sido presos, também são denunciados como integrantes da organização criminosa.

O Ministério Público acusa o grupo de comandar, a partir do Detran, um esquema que fraudava licitações para contratação de empresas no órgão. As fraudes ocorreram de 2008, quando Wilma de Faria dirigiu o Estado, a 2010, já na gestão Iberê Ferreira. Segundo os promotores, os dois ex-governadores participaram diretamente do esquema de corrupção. O Ministério Público detalha, no pedido de busca e apreensão acatado pela Justiça, que Wilma de Faria chegou a encaminhar ao advogado George Olímpio (que terminaria vencendo a licitação) a minuta do projeto de lei que seria enviada para a Assembleia Legislativa, criando a inspeção veicular no Rio Grande do Norte.

Na acusação, o Ministério Público afirma que o filho de Wilma de Faria, o advogado Lauro Maia, recebia uma mesada de R$ 10 mil do também advogado George Olímpio, apontado como o coordenador de todo o processo fraudulento. Já o genro do ex-senador João Faustino, Marcus Procópio, tinha uma mesada de R$ 5 mil.

R$ 1 bi. A investigação do Ministério Público começou há nove meses, para apurar o contrato da inspeção veicular ambiental no Rio Grande do Norte. Foi descoberto que a quadrilha fraudou desde o processo de elaboração da lei, em meados de 2009, até o processo licitatório, em 2010. A organização criminosa, segundo os promotores, chegou a pagar R$ 35 milhões em propina para políticos e empresários. A fraude renderia para o grupo aproximadamente R$ 1 bilhão.

 

Por: ANNA RUTH DANTAS , ESPECIAL PARA O ESTADO , NATAL
(Fonte: O Estado de S.Paulo)

Related posts
Notícias

PBH abre licitação para construção da UPA Noroeste no espaço do Aeroporto Carlos Prates

Empresa será contratada para elaborar estudos e projetos de arquitetura e de engenharia A…
Read more
Notícias

Transnordestina: Governo homologa contratação do projeto básico do trecho Salgueiro/Suape

Esgotados todos os recursos da licitação para escolha da empresa responsável, o contrato foi…
Read more
Notícias

Prevista para agosto, licitação do transporte público permanece sem início em Natal

Promessa da STTU era de que edital seria lançado na primeira quinzena de agosto e que em setembro…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *