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Ex-governador confirma que “levantou” R$ 5 mi para campanha de ex-prefeito de VG

Recursos foram arrecadados por meio de contratos com gráficas que não prestaram serviços ao executivo

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) autorizou a contratação de gráficas indicadas pelo prefeito cassado de Várzea Grande, Wallace Guimarães (PMDB), no valor de R$ 5 milhões. O Estado pagou serviços que não teriam sido realizados em sua totalidade e foram utilizados para cobrir gastos de Wallace na campanha de 2012, quando concorreu à prefeitura de Várzea Grande.

As informações constam nas alegações finais do Ministério Público Estadual (MP-MT), assinada pela promotora de justiça Ana Cristina Bardusco, no último dia 31 de julho, em ação penal da 2ª fase da operação “Sodoma”. De acordo com o documento, Wallace Guimarães procurou Silval Barbosa, que o chamou de “amigo”, para tratar do assunto referente as eleições de 2012 no palácio Paiaguás.

O ex-prefeito de Várzea Grande disse que conversou com o ex-secretário de Estado de Administração (SAD-MT), César Zílio, sobre a possibilidade de adesão a licitações já realizadas por gráficas que ele “conhecia”. Em troca da adesão das gráficas ao processo licitatório, Wallace prometeu “devolver” R$ 1 milhão para o ex-governador e também ao ex-secrteário.

Ao decidir confessar os crimes, Silval confirmou o esquema. No entanto, ele disse não recordar se teria sido beneficiado financeiramente de forma direta.

O ex-governador disse em seu depoimento que parte dos recursos foram utilizados para confecção de material gráfico de campanha e parte abasteceu a campanha do peemedebista. “Parte de fato eles fariam para o governo o material. E parte simulava e passava os recursos direto para a estrutura da campanha”, disse o ex-governador em depoimento a Justiça e que foi reproduzido nas alegações finais.

O ex-goverrnador, porém, não soube dizer no depoimento qual a forma exata do repasse dos recursos, dizendo apenas que “certamente em dinheiro não foi”. As gráficas escolhidas por Wallace para a fraude foram a EGP da Silva e a Editora de Liz.

Além de Silval e Walace, os donos das duas gráficas – Evandro Gustavo Pontes e Antônio Roni de Liz -, também foram denunciados na segunda fase da operação “Sodoma”. O ex-prefeito e os empresários negam que tenham participado de esquemas fraudulentos durante a gestão do ex-governador.

Wallace Guimarães teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral em maio de 2015 por suspeitas de gastos ilícitos em sua campanha a prefeitura de Várzea Grande, nas eleições de 2012. O juiz da 58ª Zona Eleitoral de Várzea Grande, José Luiz Leite Lindote, afirmou em sua decisão que Wallace e seu vice, Wilton Coelho (PR), também cassado, “praticaram condutas que evidenciaram captação e gastos ilícitos de recurso”.

(Fonte: Folha MAx)

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