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EMTU descarta licitação para melhorar linhas intermunicipais do ABC neste ano

A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) prevê somente para 2016 a realização de uma licitação 

 

Os usuários de transporte intermunicipal da região ainda vão sofrer por muito tempo com a péssima qualidade do serviço das empresas que atuam no ABC. A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) prevê somente para 2016 a realização de uma licitação que pode resultar em melhoria no atendimento aos usuários. Em 2015, portanto, não há melhoria prevista.

 

Para compreender o motivo de o serviço apresentar pouca ou nenhuma mudança positiva no ABC nos últimos anos anos é preciso resgatar o histórico da atuação das viações intermunicipais na região.

 

O ABC (tecnicamente conhecido como “área 5”) protagoniza uma das mais antigas novelas do transporte público da região metropolitana. As sete cidades são as únicas de toda a Grande São Paulo onde as empresas intermunicipais não atuam em regime de concessão (que tem regras de qualidade mais rígidas), mas sim em sistema de permissão, que possuem exigências e fiscalização precários.

 

Empresas como EAOSA e viação Ribeirão Pires, do empresário Baltazar de Souza, são exemplos de como o modelo atual favorece a existência de um atendimento ruim à população.

 

Para tentar reverter esse quadro, nos últimos anos a EMTU lançou licitações com o objetivo de implantar novas regras de qualidade e atrais novas empresas. Foram seis tentativas, todas fracassadas, porque nenhuma viação demonstrou interesse. As viações que hoje atuam na região boicotaram a licitação, com o objetivo de manter tudo como está.

 

Nova divisão

Nesta segunda-feira (15), o presidente da EMTU, Joaquim Lopes, falou sobre a nova estratégia do governo do Estado para tentar burlar o boicote dos empresários do ABC. Uma das ideias mais cogitadas seria dividir a região metropolitana não mais em cinco áreas, mas em quatro – desta forma, a “área 5”, que compreende o ABC, seria sepultada.

 

Ou seja: viações que atuam hoje em Guarulhos, Mogi das Cruzes e Poá, por exemplo, passariam a operar no ABC, no lugar das atuais viações que atendem a região. “A empresa quer aproveitar que em 2016 chegarão ao fim os contratos de concessão das áreas 1, 2, 3 e 4, para fazer um rearranjo. Estamos diante de uma oportunidade”, afirma Joaquim Lopes.

 

As cerca de 150 linhas do ABC são operadas pode empresas da década de 80. Muitas delas pararam no tempo, e pouco melhoraram o serviço desde então. O tempo de uso da frota é, em média, de 9 anos – apesar de veículos de quase duas décadas ainda circulares nas ruas. Não é à toa ser comum encontrar veículos intermunicipais quebrados por ruas e avenidas.

 

(Fonte: Jusnoticisas)

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