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Edil diz que delegado terá que provar que licitações foram direcionadas

O vereador Edil Albuquerque (PMDB), vice-prefeito e secretário de três pastas durante a administração de Nelson Trad Filho (PMDB), também secretário da Sedesc na gestão Gilmar Olarte (PP por liminar), disse hoje, a respeito das investigações da força tarefa formada pela Polícia Federal (PF), Controladoria Geral da União (CGU), Receita Federal (RF) e Ministério Público Federal (MPF), para a Operação Lama Asfáltica que investiga o contrato de diversas empresas com a Prefeitura de Campo Grande à época do prefeito Nelsinho Trad, e com o governo do Estado, disse que as obras obedeceram a um processo licitatório, portanto estão legais.

Questionado sobre as afirmações do delegado da PF, que comandou as ações na Capital, de que as licitações apresentam direcionamento para favorecer determinadas empresas, Edil disse que o delegado não poderia dizer o que disse e que somente a Justiça poderá concluir por isso.

O caso

A operação Lama Asfáltica é parte de processo de investigação desde 2012 que apura envolvimento de grupo de empresas de Campo Grande ligadas ao empreiteiro João Amorim que pagavam propina a agentes públicos do governo estadual e da Prefeitura de Campo Grande para fraudar licitações em favorecimento do grupo com objetivo de desviar recurso público.

Segundo o delegado regional da Polícia Federal, Antonio Carlos Kohl, o MPF recebeu denúncias de que a licitação para contratar empresa para construção do aterro sanitário Dom Antonio Barbosa teria sido direcionada para favorecer consórcio formado pelas empresas LD Construções e Financial Construtora, que venceu licitação com valor global de R$ 1,3 bilhões. O contrato tem duração de 25 anos.

As duas empresas são ligadas ao empreiteiro João Amorim. A LD é de Luciano Dolzan, genro de Amorim, que é irmão da atual deputada estadual Antonieta Amorim, na época esposa do então prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Já Financial é de Fernando Garcia, que é sócio da Anfer Construções Ltda, uma das empresas onde a Polícia Federal apreendeu documentos na manhã de hoje.

“Estávamos investigando inicialmente possível esquema de corrupção e direcionamento de licitação. Partimos do fato de que as licitações tinham cláusulas que impediam outras empresas de participar, como exigência de que empresa tivesse terreno no local onde aterro seria construído [apenas Financial tinha posse de terreno na região]”, explicou o delegado.

Conforme PF foram investigados R$ 45 milhões pagos tanto pelo governo do Estado quanto pela prefeitura, na época administrada por Nelsinho Trad, dos quais R$ 11 milhões teriam sido desviados. Por enquanto, ressalta o delegado, apenas as empresas estão sendo investigadas. Os crimes investigados são: corrupção, organização criminosa, fraude em licitação, sonegação fiscal, peculato e lavagem de dinheiro.

(Fonte: MS Noticias)

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