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Confins terá alimentação a preços baixos e melhorias só depois da Copa

Concessão de Confins para iniciativa privada gera perda para passageiros no momento de transição

A promessa é de um novo aeroporto daqui para a frente ,com a concessão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Obras devem ser feitas ano a ano, até 2043, para remodelar o espaço de forma a possibilitar o aumento do fluxo, com melhorias na prestação do serviço para o passageiro. O processo de transição da administração das mãos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para o consórcio selecionado para operar o aeroporto em meio às preparações para a Copa do Mundo mostra-se prejudicial para os usuários, que, entre outros, não terão produtos alimentícios a preços populares durante o evento esportivo.

 

A nova praça de alimentação será negociada pelo consórcio BH Airport. A Infraero inclusive tinha feito 12 licitações para montar o setor antes da Copa do Mundo, mas, segundo o presidente da estatal, Gustavo do Vale, a pedido da concessionária as licitações serão canceladas. As obras de reforma do terminal de passageiros também previam um espaço no terceiro piso para a praça de alimentação. Lá será armada a Fun Zone da Caixa Econômica Federal. Em troca, durante a Copa do Mundo, os usuários terão cinco lanchonetes provisórias no saguão do primeiro piso.

 

Entre os integrantes do setor de alimentação, estavam o restaurante e a lanchonete com preços populares. O modelo adotado pela estatal em outros terminais tem como missão disponibilizar produtos com valores mais baixos, sendo adotada uma tabela única, na tentativa de induzir à redução de preços os demais concorrentes. Pela pesquisa de percepção dos passageiros da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, o valor da alimentação é a situação mais crítica nos aeroportos, com nota média de 2,16 em 5 entre os terminais pesquisados. Confins teve nota inferior à média nacional no primeiro trimestre.

 

 

No edital de concessão do aeroporto de Confins, mais especificamente no Apêndice D (Plano de Melhorias Imediatas) da Proposta de Plano de Qualidade do Serviço, estava previsto que “a concessionária deverá elaborar e apresentar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), antes do início do contrato, um plano de melhorias imediatas para a operação e desempenho de serviço do aeroporto. Como requisito mínimo, este plano deve incluir uma etapa de ação imediata para abranger cada um dos seguintes itens…”.

 

O plano, disponível no site da Anac, é dividido em duas etapas: curtíssimo e curto prazo. A primeira prevê melhorias em até 30 dias depois da assinatura do contrato. São 12 itens. Entre eles, melhoria e disponibilização da sinalização em português e inglês no terminal, com informações sobre voos, portões de embarque, balcões de check-in, emigração e imigração e outros; instalação de circuito fechado de TV no estacionamento; revisão das escadas rolantes, elevadores e esteiras de restituição de bagagem; ampliação do número de pessoal de apoio para auxílio aos passageiros (“Posso ajudar?”), dedetização e desratização. Todas essas medidas deveriam ter sido concluídas até o dia 7.

 

No plano de curto prazo, a empresa tem 120 dias para implementar as outras 15 ações previstas. Entre elas, fornecer internet sem fio, de alta velocidade, em todas as áreas do aeroporoto; aumentar o número de tomadas de energia na área de embarque; aumentar o número de pontos de venda de alimentos e bebidas dentro das áreas de partida e implementar balcões de informação com pessoal bilíngue. Antes do adiamento da assinatura do contrato, antes prevista para 17 de março, mas que só ocorreu em 7 de abril, a Anac inclusive projetou que tais medidas fossem implementadas até a Copa do Mundo, antes do prazo previsto.

 

Prazos

 

Apesar do documento da Anac, a assessoria de imprensa da agência reguladora afirma que “o Plano de Ações Imediatas deverá ser entregue em até 30 dias após a data de assinatura do contrato, tendo a Anac até 20 dias para aprovar o início das ações”. Os documentos já foram entregues pelo consórcio BH Airport. A posição é semelhante à adotada pela concessionária, que, no dia da assinatura do contrato de concessão, apresentou à imprensa um documento com prazos para a entrega do plano. Segundo eles, são só 17 ações, e parte delas deve ser implementada 60 dias depois de a empresa assumir a administração do aeroporto, o que deve ocorrer somente em agosto, considerando-se que, por enquanto, ela divide a tarefa com a Infraero. Ou seja, o sistema de informação em português e inglês só deve valer a partir de outubro, assim como a ampliação das opções de alimentação.

 

Até a Copa do Mundo, é possível que cinco medidas apenas sejam tomadas: melhoria na sinalização nos terminais de passageiro; ampliação dos pontos de energia na sala de embarque; revisão dos sistemas de escadas rolantes, elevadores e esteiras de bagagem; revisão do sistema de iluminação e do sistema de combate a incêndio.

 

(Fonte: em.com.br)

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