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Cidade do Ceará fecha contrato de quase R$ 500 mil com funerária

Calmaria que não impediu a prefeitura de fazer uma licitação para comprar 100 caixões e dois mil fretes funerários, por quase meio milhão de reais.

 

Prefeitura diz que só vai pagar pelos serviços que forem prestados.

Polêmica dividiu a Câmara de Vereadores de Iracema, de 14 mil habitantes.

 

O prefeito de uma cidade pequena do Ceará decidiu gastar quase meio milhão de reais com caixões. Teve gente que achou exagero. Iracema tem 14 mil habitantes e apenas um cemitério. Em alguns dias, o coveiro nem aparece para trabalhar. Calmaria que não impediu a prefeitura de fazer uma licitação para comprar 100 caixões e dois mil fretes funerários, por quase meio milhão de reais.


Segundo o Sistema Verificador de Óbitos do Ceará, 114 pessoas morreram em Iracema no ano de 2012 inteiro. Mas apenas 21 famílias pediram auxílio à prefeitura para fazer o enterro. Um número bem inferior à quantidade de caixões encomendada pelo município. A prefeitura diz que só vai pagar pelos serviços que forem prestados. “A contratação não é de 100 e a margem até onde pode ser gasto”, explica o secretário de governo Diego Cabó Diógenes.


Apenas a funerária vencedora participou da concorrência. Cada caixão saiu por R$ 750 mais o valor do transporte, que pode chegar a R$ 1 mil. Valor bem superior ao de outros municípios do Ceará, que pagaram até R$ 300 por sepultamento. “Eu trabalho com a urna que não faz medo. Posso botar uma pessoa com 100 quilos, com 80 quilos, que não tem problema”, conta dono da funerária, Francisco Marinheiro Diógenes.

 

A polêmica dividiu a Câmara de Vereadores. “Essa licitação, nós achamos um absurdo. Nós vamos aprofundar essa fiscalização para que possamos dar uma resposta melhor à sociedade que está nos cobrando diariamente”, diz o líder da oposição, Simeão Fernandes de Magalhães. “Nossa cidade é uma cidade carente, pessoas, pois que necessitam. Quando alguém falece tudo corre para o setor publico corre para a prefeitura”, explica o vereador Francisco Roque Neto.

Nas redes sociais, os moradores criticam a compra de tantos caixões. E nas ruas, não se fala em outro assunto.

Repórter – Você acha que a população quer caixão?

Morador – Eu mesmo não quero, não!

 

(Fonte: Bom Dia Brasil)

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