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Só infraestrutura avança na indústria

Eles destaca que, quando chegou na associação, havia 54 associados. Hoje esse número já soma 91. Como são equipamentos grandes e sensíveis ao transporte, os fabricantes buscam se instalar próximo dos parques eólicos. Além disso, para conseguir financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as usinas precisam contratar equipamentos nacionais (60% do valor tem de ser fabricado no País).

De acordo com dados da Abeeólica, hoje o Brasil tem fábrica quatro fábricas de aerogeradores em operação e quatro em construção. Mas há planos para novas unidades. A argentina Impsa, por exemplo, construiu uma fábrica em Pernambuco, com capacidade para produzir entre 8 e 10 geradores por semana, e já procura local para levantar uma nova planta no Sul ou Sudeste do País. Também vai investir numa fábrica de componentes eletrônicos para usinas eólicas, afirma o presidente da Impsa, José Luis Menghini.

Até 2014, o País poderá ter 7 mil MW de energia eólica no sistema. Isso significa sair dos atuais 0,8% para 3% de participação na matriz elétrica. “Entre os 30 países que usam energia eólica, o Brasil se tornou a nação com a menor tarifa de eólica do mundo”, diz o presidente da fabricante indiana Suzlon, Arthur Lavieri. A empresa está construindo, em parceria com a brasileira Aeris, uma fábrica de pás eólicas. A planta nem começou a operar e a companhia já pensa em duplicação. “Se tudo caminhar como estamos planejando, teremos de ampliar a produção no ano que vem.”

No setor naval, só as ampliações já não resolvem mais. O jeito tem sido abrir novos estaleiros. São sete empreendimentos em construção no Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro. De inexpressiva no início dos anos 2000, a indústria naval brasileira já representa 4% do volume total de navios em construção no mundo. Essa indústria emprega 56 mil trabalhadores. Até 2014, a expectativa é que sejam criados 15 mil novos empregos diretos no setor.

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), em maio, o Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante aprovou prioridade no financiamento de 217 obras embarcações e seis estaleiros num total de R$ 9,8 bilhões. A maioria desses projetos ainda não estão na carteira de encomendas dos estaleiros.

 

Por: Renée Pereira
(Fonte: O Estado de S.Paulo)

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