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Só infraestrutura avança na indústria

Para o executivo, as oportunidades de negócios são enormes. Ele lembra que os 28 mil km de ferrovia do Brasil – pouco para a dimensão do País – transportam apenas 26% da carga nacional, a maioria de grãos e minério. Esses números já entraram no radar de outros fabricantes, como a japonesa Hitachi e a americana Caterpillar. As duas anunciaram em julho a construção de fábricas em Sete Lagoas (MG) e Araraquara (SP).

O interesse dos investidores, no entanto, vai além das cargas, destaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate. Segundo ele, a carência do transporte de passageiros nas grandes cidades têm motivado uma série de ampliações e construção de novas fábricas no País.

Além da canadense Bombardier, que produzirá monotrilhos em Hortolândia (SP), a brasileira MPE vai inaugurar em quatro meses uma unidade no Rio de Janeiro. O presidente da companhia, Renato Abreu, afirma que há planos para fábricas em Manaus (AM) e em Cruzeiro (SP). O grupo venceu, em consórcio com a estreante Scomi, da Malásia, a licitação para construção do monotrilho que ligará a estação São Judas do metrô ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Os asiáticos também estão de olho no potencial eólico do Brasil. Desde a crise de 2008, que praticamente reduziu a zero os pedidos dos Estados Unidos e Europa, fabricantes de todos os continentes desembarcaram no País com apetite voraz. Em três anos, eles conseguiram transformar a energia eólica do Brasil numa fonte tão competitiva quanto a hídrica. Foram contratados cerca de 6 mil MW, que representam investimentos da ordem de R$ 26 bilhões, diz o presidente da Abeeólica, Ricardo Simões.

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