Ministério comprovou nova modalidade de fraude
Depois de quase três anos de investigações, o Ministério Público denunciou nesta semana 38 pessoas envolvidas no chamado Operação Caixa de Pandora, que apurou esquema de corrupção na gestão de José Roberto Arruda (ex-DEM) no governo do Distrito Federal. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (28/06) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O caso ficou conhecido como Mensalão do DEM.
Conforme o procurador, o Ministério Público provou que empresas beneficiadas em contratos sem licitação com o governo do Distrito Federal pagavam propina regular, muitas vezes mensal, a políticos aliados do governo. Os envolvidos foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público concluiu que o líder do esquema era o próprio Arruda. A denúncia envolve, ainda, o ex-vice-governador do Distrito Federal Paulo Octávio, deputados distritais da época, ex-secretários de governo e empresários.
O Ministério Público concluiu que o grupo usou uma nova modalidade de fraude para desviar dinheiro, o chamado reconhecimento de dívida. “O governo dizia que a empresa X vinha prestando determinado serviço no DF sem licitação e que era preciso reconhecer a dívida. Por meio disso, generosíssimos pagamentos eram feitos a diversas empresas, que, em retribuição, mantinham pagamentos regulares, mensais, a diversas pessoas do governo do DF”, explicou Gurgel.
(FOnte: Agência Brasil)
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