Categories: Notícias

Prefeitura pede suspensão de ordem judicial sobre aterro sanitário em MS

 

A previsão era de que o consórcio CG Solurb, que venceu a licitação, depositasse o lixo recolhido no aterro sanitário

 

Decisão da Justiça impede obras no lixão e no aterro em Campo Grande. Prefeito diz que local tem todas as licenças necessárias para funcionamento.

 

A Prefeitura de Campo Grande entrou, nesta quinta-feira (22), com pedido para suspender a decisão da Justiça que impede o uso do novo aterro sanitário da cidade. Uma investigação feita pela Polícia Federal encontrou irregularidades na obra.

 

A previsão era de que o consórcio CG Solurb, que venceu a licitação, depositasse o lixo recolhido no aterro sanitário Dom Antônio Barbosa II, ao lado do lixão, mas o uso do espaço está suspenso por determinação da Justiça Federal. Os resíduos foram levados para o lixão. “Todos os outros serviços estão sendo executados normalmente, a exceção da recepção de resíduos no aterro sanitário.”, disse Élcio Terra, superintendente da CG Solurb.

 

A decisão suspende até o dia 31 de dezembro as obras tanto no aterro quando no lixão. O Ministério Público Federal tomou como base o inquérito da Polícia Federal, que apontou irregularidades na obra do aterro, como a existência de duas espessuras diferentes de manta impermeabilizadora, que protege o solo do vazamento de resíduos, e a ligação do aterro a uma estação, onde seria tratado o chorume, líquido produzido na decomposição.

 

A Justiça Federal também pediu o bloqueio de duas contas bancárias, onde estão depositados os valores usados na construção do aterro. A obra está orçada em R$ 4,3 milhões, dinheiro vindo da Prefeitura, do Ministério das Cidades e da Fundação Nacional de Saúde. De acordo com a ação já teriam sido gastos 80% do valor e apenas 42% das obras estariam concluídos.

 

O Prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, contesta a decisão e diz que o local tem todas as licenças necessárias para o funcionamento. As obras estão 100% concluídas e finalizadas, de acordo com o projeto que foi para ser executado.”, disse o prefeito.

 

A Justiça Federal já enviou para Ministério Público o pedido da prefeitura de Campo Grande. Sobre o projeto para transportar chorume até lagoa de decantação, passando pela BR-262, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) informou que o contrato já foi assinado e deverá ser publicado diário oficial da união, após isso vai expedir autorização para Campo Grande usar a área que é de responsabilidade da União. A empresa Águas Guariroba, contratada para prestação de serviço, disse que as obras para transporte do resíduos já estão concluídas.

 

(Fonte: Globo)

 

Portal de Licitações