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Pivô de escândalo suspeitava que estava grampeado

Na ocasião, os dois falavam sobre a licitação dos aeroportos no país.

 

Em abril deste ano, Paulo Vieira, ex-diretor de hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), apontado pela Polícia Federal como chefe do esquema de corrupção de agentes públicos da União, começou a suspeitar de que estava sendo grampeado.

 

O inquérito da PF na Operação Porto Seguro também levanta a suspeita de que Paulo tenha sido avisado de que respondia a outro inquérito sigiloso, na área cível, por suposta improbidade.

 

Em conversas com o irmão Rubens Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e com o ex-senador Gilberto Miranda, Paulo demonstra preocupação e diz que não quer falar nada pelo celular. Na época, as investigações tinham 13 meses.

 

“Mas eu tenho falado cada vez menos, né, uso muito mais rádio, que também deve ser outra bosta… Porque até nos Estados Unidos grampearam o Demóstenes [Torres, ex-senador]”, diz ele em telefonema gravado pela Polícia Federal, na qual se refere às interceptações de ligações feitas pelo empresário Carlinhos Cachoeira.

 

A primeira referência ao medo de ser grampeado aparece em 15 de abril, durante conversa de quatro minutos com o irmão. Na ocasião, os dois falavam sobre a licitação dos aeroportos no país.

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