Categories: Notícias

Impasse mantém o Museu do Folclore fechado

O arquiteto João Pegorim acusa a Ericson Engenharia de não ter feito a análise do projeto e de ter entrado na licitação com um preço muito baixo.

RIO – No lugar de peças e documentos do folclore brasileiro, o museu do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, na Rua do Catete, expõe apenas entulho de uma obra iniciada em fevereiro e cujo prazo expirou no mês passado. A um custo de R$ 519 mil, a reforma foi paralisada há um mês, por causa de um impasse entre a empresa Ericson Martins Engenharia, (responsável pelas intervenções), o escritório Diversa Arquitetura (que elaborou o projeto) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A obra tinha a pretensão de modernizar o espaço, criando acessos para portadores de deficiência e ampliando algumas salas. Funcionários da instituição, inconformados com a situação do lugar, decidiram abrir por conta própria, na semana passada, a chamada Sala do Artista. Ela abriga, de forma precária, a mostra “Espedito Seleiro: da sela à passarela”, que reúne criações em couro do artesão de Nova Olinda, em Pernambuco. Já o Museu de Folclore Edison Carneiro, ao lado da Sala do Artista, continua fechado ao público. O museu reúne 14 mil obras de acervo próprio, e uma biblioteca com 200 mil documentos.

Como mostrou O GLOBO no início de julho, o engenheiro Ericson Martins argumentava que 27 itens necessários à reforma não estavam orçados e que o custo das intervenções seria 40% maior do que o definido no edital do Iphan.

Page: 1 2

Portal de Licitações