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O protesto ocorreu no mesmo dia em que o governo anunciou que vai começar por Santos e Belém o processo de licitação de terminais cujos contratos estão vencidos ou por vencer.

Ministro vai receber sindicalistas que invadiram navio chinês no Porto de Santos

O governo pretende manter o diálogo com os sindicatos a respeito das novas regras para o setor de portos, apesar da radicalização do movimento, contrário à proposta. Na madrugada de ontem, um grupo de trabalhadores do porto de Santos (SP) invadiu um navio vindo de Xangai porque chineses faziam o trabalho de retirada de carga, segundo os sindicalistas.

O protesto ocorreu no mesmo dia em que o governo anunciou que vai começar por Santos (SP) e Belém (SP) o processo de licitação de terminais cujos contratos estão vencidos ou por vencer.

“Tem a ver com a nossa mobilização”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ao comentar a invasão do navio procedente de Xangai. A central havia programado para ontem uma panfletagem no porto de Santos contra a Medida Provisória 595, que muda as regras do setor portuário, abrindo para a iniciativa privada a exploração de terminais.

A panfletagem foi realizada, mas ganhou uma dimensão muito maior com a invasão do navio – que, segundo admitiu o próprio sindicalista, teve como razão principal o uso da mão de obra chinesa. “Tem hora que precisa radicalizar”, comentou.