Categories: Notícias

Estado planeja retomada das obras do VLT em até quatro meses

Estudo mostra que modal de transporte terá que ser subsidiado pela sociedade

As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) podem ser retomadas em até 120 dias, caso haja acordo entre o Consórcio VLT – responsável pelas obras do modal – e o Governo do Estado. Uma audiência entre as partes acontece nesta quarta-feira e pode dar um fim ao impasse que já perdura há mais de um ano. Conforme lembrado pelo secretário das Cidades, Eduardo Chiletto, há viabilidade técnica para continuar a obra, mas questões financeiras ainda pesam na decisão.

Foi dito ainda, mais uma vez, que o governo não vai colocar mais dinheiro em uma obra que não for viável. Já no Plano de Ação montado pelo governo, projeta que em quatro meses de preparação, a obra pode ser retomada. Ao todo, foram traçados três passados antes da total retomada.

A primeira etapa, que visa à estruturação da governança do projeto, deve durar cinco semanas e tem como objetivo trabalhar pontos ligados à viabilidade e à gestão total do processo de retomada da obra. Em seguida, vem a fase de projetos, que em dez semanas vai procurar discutir pontos que estão pendentes.

Em seguida, um dos pontos mais importantes do projeto – que continua pendente – que são as desapropriações, deve acontecer num prazo de 13 semanas e só depois disso as obras serão recomeçadas e contam com um prazo de 19 meses. Agora, todo esse plano depende de um acordo com o Consórcio VLT, que acontece amanhã. “Não sabemos se eles vão querer retomar pelo valor de R$ 600 milhões, conforme apontado no relatório. Antes, eles já tinham pedido cerca de R$ 1 bilhão para finalização da obra”, lembrou Chiletto.

Outro problema seria a ausência de recurso e, segundo o secretário, o governo já estaria tentando viabilizar o recurso junto ao Ministério das Cidades, mas por enquanto não há nada certo. O deputado Emanuel Pinheiro, autor do requerimento da audiência, explicou que o Governo não pode ver como custo o investimento que está sendo feito no modal, e sim como benefício à população. “Esse valor vai garantir melhorias na vida das pessoas que utilizam o transporte coletivo”.

Ele lembrou ainda que o governo consegue subsidiar o valor anual de operação do modal, que foi estimado pela consultoria em R$ 37 milhões caso seja cortado custos de algumas pastas. “Apesar de toda a polêmica, aplicaram R$ 4 milhões em uma consultoria para mostrar o óbvio. O VLT é viável e é transformação na vida de quem depende do transporte coletivo e paga por um péssimo serviço e de qualidade duvidosa”, finalizou.

O contrato firmado entre o Governo e a e A.I. Fernandes Engenharia está sendo alvo de uma investigação do Ministério Público de mato Grosso (MPE-MT). A intenção é descobrir se houve irregularidades na contratação da empresa, que aconteceu por meio de dispensa de licitação.

A empresa está sendo a responsável pela revitalização dos canteiros do VLT, tanto em Cuiabá, quanto em Várzea Grande. Na Capital, por exemplo, os serviços já estão avançados na região da Prainha.

Segundo o promotor Roberto Aparecido Turin, a Secid deve encaminhar a justificativa da contratação, explicando o motivo pelo qual a licitação foi dispensada.

Sobre o inquérito instaurado, a Secid informou que ainda não recebeu a notificação e, por isso, não comentaria o fato.

(Fonte: Folha Max)

Portal de Licitações