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ANP prevê dois a três consórcios em Libra

O leilão do campo de Libra está marcado para o dia 21 deste mês e será a primeira licitação de uma área do pré-sal sob o novo regime de partilha. 

Dois ou três consórcios devem disputar a área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, informou ontem o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Helder Queiroz. Segundo ele, das 11 empresas inscritas para o leilão, nove depositaram a garantia de R$ 156 milhões para participar da disputa.

 

“Isso não quer dizer que as outras duas empresas não participem, porque elas podem ter tido as garantias aportadas pelo líder do consórcio”, afirmou Queiroz, citando que esse tipo de prática já foi vista em leilões anteriores da ANP.

 

Ele não revelou detalhes sobre quais empresas apresentaram garantias e nem sobre o volume total dos depósitos à ANP. Para fazer a inscrição para a disputa, cada uma das 11 empresas pagou pouco mais de R$ 2 milhões. Agora, não se sabe se as garantias foram depositadas por cada uma ou por grupos já reunidos em consórcio.

 

O leilão do campo de Libra está marcado para o dia 21 deste mês e será a primeira licitação de uma área do pré-sal sob o novo regime de partilha. O diretor da ANP disse ter ficado mais otimista em relação ao processo competitivo agora, depois do depósito das garantias. Informou, ainda, que as empresas terão agora um período para a apresentação de eventuais recursos à comissão especial de licitação, o que ainda não ocorreu.

 

Statoil. O comprometimento de sua capacidade de investimento com o atual portfólio de projetos na área de exploração e produção (E&P) foi o fator primordial para a estatal norueguesa Statoil não disputar o leilão do campo de Libra, do pré-sal, segundo a própria empresa.

 

“A Statoil tem 40 anos de vida e a empresa nunca teve tantos projetos para tocar ao mesmo tempo. Então, não é questão de ser mais ou menos atrativo. É uma questão de portfólio”, afirmou o vice-presidente de Relações Públicas da Statoil Brasil, Mauro Andrade.

 

O baixo número de petrolíferas inscritas para o leilão de Libra surpreendeu o governo. Por ter reservas de óleo e gás natural recuperáveis de 8 bilhões a 12 bilhões de barris, a previsão do governo era de que um grande número entrasse na disputa, o que não ocorreu.

 

Para Andrade, esse fato pode ser explicado pelo gerenciamento de portfólio realizado pelas grandes petrolíferas privadas. “É preciso ver se isso (o investimento) cabe no nosso bolso no momento”, argumentou.

 

Por: WELLINGTON BAHNEMANN
(Fonte: Folha SP)

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