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Waldomiro Diniz é condenado a 12 anos de prisão no Rio

Na sentença, juíza ainda condenou o ex-presidente da Loterj a pagar multa de R$ 170 mil; ele poderá recorrer em liberdade

Pivô do primeiro escândalo de corrupção do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-suchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência e ex-presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) Waldomiro Diniz foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e crimes contra a Lei de Licitação. A sentença da juíza Maria Tereza Donatti, da 29.ª Vara Criminal do Rio, foi proferida na segunda-feira. Ele também foi condenado a pagar multa de R$ 170 mil.

Homem de confiança do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, Waldomiro foi demitido em 2004, após a divulgação de um vídeo em que ele aparece cobrando propina do empresário de jogos de azar Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. As imagens foram gravadas em 2002. O então presidente da Loterj pedia dinheiro a Cachoeira para campanhas eleitorais do PT e do PSB naquele ano. Também condenado pela 29.ª Vara Criminal, Cachoeira foi preso anteontem pela PF em operação de combate à exploração de máquinas caça-níqueis.

Segundo o Ministério Público, na conversa filmada, Waldomiro e Cachoeira negociavam um esquema ilegal numa licitação para a contratação de serviços de implantação, gerenciamento e operação do sistema de loterias do Estado do Rio. De acordo com a acusação, em troca de uma propina de R$ 1,7 milhão, Waldomiro aceitou elaborar edital para favorecer os interesses de Cachoeira.

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