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Vencedoras da licitação serão conhecidas hoje


Todas as concorrentes operam atualmente no sistema de ônibus de Porto Alegre, mas criaram novos consórcios

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, anunciam hoje o resultado oficial da licitação do transporte coletivo da Capital. Todas as concorrentes já operam no sistema da Capital, mas formaram novos consórcios para se adequar à divisão das três bacias em seis lotes.

Todos receberam propostas, mas cada empresa só pode vencer em dois deles e se forem de uma mesma região. A única participante que ainda não operava na cidade foi Stadtbus, de Santa Cruz do Sul, que acabou sendo desclassificada.

Para a empresa, as exigências do edital prejudicaram a competitividade, pois, ao contrário dos atuais consórcios, que já possuem frota nos moldes definidos, seria necessário adquirir 200 ônibus em cada um dos lotes, sendo que no mercado não existem veículos usados no modelo solicitado.

Mesmo com esse investimento, a Stadtbus conseguiu apresentar tarifa menor do que as concorrentes em um dos lotes.

Esta é a terceira vez que a prefeitura tenta licitar o sistema e deve ser a primeira que o transporte por ônibus da cidade, iniciado na década de 1920, deve operar de forma regular como determina a Constituição de 1988. Nas duas tentativas anteriores realizadas pelo município, não houve interessados. Para tornar mais atrativa a concorrência, foram feitas diversas alterações no edital, incluindo a divisão das bacias para que empresas de menor porte pudessem participar, o que acabou não se concretizando.

Agora, o mais importante a partir da regularização será a imposição de uma série de normas que vão obrigar as empresas participantes a se qualificarem permanentemente pelos próximos 20 anos. No prazo máximo de 10 anos, 100% da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano.

O contrato define ainda itens como a previsão de acessibilidade em toda a frota; a ocupação de, no máximo, quatro pessoas por metro quadrado, diferente dos seis usuários atuais por metro quadrado, um aumento projetado de 72 veículos na frota atual de 1.709 ônibus; a criação do Sistema de Qualidade de Serviço, para analisar, através de indicadores de desempenho, o grau de qualidade do atendimento prestado à população, em razão de cumprimento de horários, a partir das reclamações dos usuários, dos índices de avaliação nas vistorias, dos relacionamentos com os passageiros, que podem resultar em penalizações para as empresas exploradoras do serviço, com multas revertidas para a qualificação do sistema; e instalação de GPS em toda a frota.

(Fonte: Jornal do Comercio)

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