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‘Tive a infelicidade de ser filmado’, diz prefeito de Palmas

Flagrado em vídeo oferecendo favores a Cachoeira, Raul Filho diz à CPI que seus sigilos fiscal, bancário e telefônico estão à disposição

Abandonado pelo PT, que estuda expulsá-lo do partido, e massacrado pela oposição, o prefeito de Palmas, Raul Filho, não conseguiu convencer ontem os integrantes da CPI do Cachoeira que não recebeu doações do contraventor Carlos Cachoeira para suas campanhas.

Em quatro horas de depoimento, Raul Filho pôs seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição da CPI, afirmou que estava sendo usado como “boi expiatório” e lamentou ter tido a “infelicidade de ser filmado” em negociação com Cachoeira, em 2004, antes de ser eleito pela primeira vez prefeito de Palmas.

“Eu tive a infelicidade de ser filmado”, lastimou Raul Filho, que chegou à CPI de mãos dadas com a mulher e deputada estadual Solange Duailibe (PT). “Não há nada que vincule o esquema de Cachoeira com a Prefeitura de Palmas”, disse. “O Cachoeira nunca fez doação para a minha campanha, conforme comprova a minha prestação de contas. Nenhuma empresa do Cachoeira venceu qualquer licitação durante o meu governo”, repetiu o prefeito.

Dizendo ter sido apresentado ocasionalmente a Cachoeira em 1994, em Goiânia, Raul Filho afirmou que só voltou a se encontrar com o contraventor em 2004, por ocasião de sua campanha à Prefeitura de Palmas. Foi esse segundo encontro, em Anápolis, que o então candidato foi filmado em negociação com Cachoeira. À CPI, Raul Filho afirmou não lembrar como Cachoeira lhe foi apresentado: se apenas como empresário ou se alguém o informou também que ele era bicheiro.

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