Ideia é reduzir custos de manutenção da frota, que giram em torno de R mil mensais e evitar déficit de veículos em operação
De acordo com a licitação, o aluguel mensal de uma ambulância de suporte básico custaria em torno R$ 40 mil. Para uma unidade considerada de urgência ou avançada, esse valor é de R$ 46mil. Dessa forma, a locação se mostra vantajosa em relação ao atual modelo, se não for ultrapassado o número de sete veículos alugados por mês.
“A médio prazo, o modelo de locação tem um custo efetivo. A ambulância é da empresa contratada. Quando ela sair da frota por danificação, vai ter que ser substituída, cabendo a ela o custo da manutenção”, explica Daniel Lima, gerente do Samu 192 Fortaleza.
Baseado na atual população de Fortaleza, o Ministério da Saúde recomenda que a Capital tenha no mínimo 17 ambulâncias básicas e cinco avançadas. Hoje, o Samu Fortaleza dispõe de 20 ambulâncias básicas além de cinco avançadas. Mesmo com números dentro do preconizado, a frota do serviço na Capital tem dificuldades, porque não é sempre que ela está inteiramente disponível, por causa da manutenção.
Modelo misto
A ideia, no entanto, não é fazer com que todas as ambulâncias da Capital sejam alugadas, adotando, portanto, um modelo misto. Daniel revela que há a expectativa de que 14 novas ambulâncias sejam adquiridas até o início de 2018.
“Temos sete veículos em uso desde 2010, o que causa um desgaste muito grande. Será feita uma avaliação entre os veículos da frota atual para ver quais estão em condições de seguirem operando. Os veículos alugados servirão para completar o quadro considerado ideal”, complementa Daniel.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o custo mensal do Samu na Capital é de R$ 2 milhões (manutenção, combustível e pagamento de profissionais), com mais da metade desse dinheiro pago pelo Município. A pasta afirma ainda que metade dos recursos deveriam ser pagos pelo Governo Federal, que arca apenas com um quarto do valor.
No último dia 13, o Sindicato dos Médicos do Ceará entrou com denúncia junto ao Ministério Público relatando a frota reduzida do Samu, operando no plantão com apenas cinco ambulâncias básicas e três de UTI. “Pode ser uma medida eficaz e menos onerosa. A ideia da compra de serviços da saúde é uma saída estratégica para resolução de problemas que são crônicos. Estamos denunciando a frota reduzida do Samu há três anos”, avalia Mayra Pinheiro, presidente do Sindicato dos Médicos.
(Fonte: O Povo)
Read more
Read more