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Pais reclamam de riscos em obra


Empresa que está reformando escolas em Domélia deixou materiais espalhados pelo terreno que podem comprometer a segurança dos estudantes

Com o início do ano letivo, pais de alunos que estudam em Domélia, distrito de Agudos (13 quilômetros de Bauru), estão preocupados com a segurança dos filhos. Eles dizem que o prédio onde funcionam duas escolas está sendo reformado e que a empresa contratada paralisou a obra, deixando para trás materiais que podem trazer riscos aos alunos. A prefeitura informou que os trabalhos foram retomados ontem e que os materiais serão recolhidos.

No mesmo imóvel, estão instaladas a Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Infantil (Emefei) Sebastião Funchal e a Escola Estadual Maria Bataglin Delazari. A placa em frente à unidade revela que a reforma e ampliação estão sendo realizadas com recursos do Estado, em parceria com a Prefeitura de Agudos.

A reportagem apurou que, na semana passada, grupo de pais chegou a se mobilizar para tentar impedir o início das aulas e uma mãe acabou discutindo com o subprefeito do distrito. Segundo o pai de dois alunos, que terá o nome preservado, a empresa que venceu a licitação para reformar a escola abandonou o serviço.

“A escola está em estado crítico”, declara. “A prefeitura contratou a empresa, ela veio, desmanchou cozinha, refeitório, quadra esportiva. Eles deixaram a obra só começada, tem ferragem por todo canto, entulho, material esparramado. Não tem lugar para as crianças comerem a merenda, não tem lugar para brincar”.

O material, de acordo com o pai dos estudantes, está espalhado pelo pátio e corredores que dão acesso ao ginásio. “Só as salas de aula estão funcionando”, diz. “Até a cozinha da escola foi adaptada num antigo depósito onde estão guardados materiais de fanfarra, livros. Está tudo misturado com os alimentos”.

Retomada

Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Agudos informou que a empresa foi contratada por R$ 1,4 milhão para executar a obra em doze meses, incluindo reforma de refeitórios e banheiros, ampliação de duas alas e acessibilidade no prédio.

O município confirma que a obra foi paralisada em janeiro, mas diz que a empresa foi notificada e, nessa segunda-feira (22), os serviços foram retomados. “Eles vão fazer a retirada desses materiais ainda essa semana e colocar em um local adequado”, conta.

A prefeitura explica que, até o fim da obra, alunos poderão ser remanejados das salas de aula. “Como lá nós só temos uma escola e o espaço não é tão amplo, nós precisamos fazer dessa forma para evitar que os alunos fiquem sem aula”, diz.

(Fonte: JC Net)

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