Não espanta, daí, a baixa expectativa em torno do plano logístico para os portos, que em princípio seria anunciado amanhã. O mercado antecipa os embaços, as fragilidades técnicas, as incertezas jurídicas.
Dilma partiu de diagnósticos certos: os gargalos de infraestrutura precisam ser enfrentados e o quadro de depressão econômica reduz a resistência a mexidas regulatórias. Mas, não tendo até agora encaixado uma bola, ela corre risco de ficar carimbada como a presidente que não produz e não deixa produzir.
Não à toa, empresários fazem fila para conversar com o governador Eduardo Campos (PSB-PE), num ensaio precipitado, antes de perspectivas eleitorais mais definidas, da busca de “alternativa de poder”.
Melchiades Filho é diretor-executivo da Sucursal de Brasília. Formou-se em jornalismo e fez pós-graduação em pesquisa de mercado na USP. Na Folha desde 1987, já foi editor de “Esporte” e correspondente em Washington. Escreve às segundas na coluna Brasília, na Página A2 da versão impressa.
(Fonte: Folha SP)
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