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Licitação deve atrair mais grupos europeus

Com cancelamento das concessões na Espanha, empresas da Europa podem buscar aeroportos brasileiros

A interrupção do processo de concessão dos aeroportos de Madri e Barcelona pelo governo espanhol deve reforçar o apetite das operadoras europeias pelas privatizações do setor no Brasil. Como alguns dos grupos que pretendem concorrer aqui também estavam de olho nas concessões do outro lado do Atlântico, a tendência é de que eles apostem suas fichas no Brasil, avalia o especialista em infraestrutura aeroportuária Anderson Correia.

Ontem, o governo espanhol anunciou a suspensão do processo de privatização dos aeroportos do país, argumentando que a crise não é um bom momento para pôr em prática o plano. A ideia é recuperar o valor dos ativos e da administradora estatal de aeroportos Aena antes de abrir a porta ao capital privado.

“Os candidatos podem ter mais agressividade para conseguir os aeroportos brasileiros, na ausência dos aeroportos espanhóis”, afirma Correia, professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e ex-superintendente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Para ele, isso pode se refletir nos leilões dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, que o governo pretende realizar no dia 6 de fevereiro, e também nas futuras concessões. Nos estudos do governo, estão o Galeão, no Rio, e Confins, em Minas Gerais.

Correia avalia que o governo facilmente conseguirá atrair interessados para esses dois aeroportos. Ele ressalta que o da capital fluminense opera um grande número de voos internacionais, o que se traduz na maior arrecadação de tarifas. Além disso, com a saturação de Guarulhos, o aeroporto carioca é um dos candidatos a receber o excedente dos voos internacionais do Estado vizinho.

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