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Insatisfação com a Petrobrás leva Dilma a indicar Graça Foster para presidência

Primeira mulher no comando da estatal é dos quadros da empresa, tem perfil técnico, estilo firme e é amiga da presidente da República

A futura presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, que será a primeira mulher a comandar a maior companhia do País, deve manter o foco da gestão na exploração dos recursos do pré-sal.

A confirmação da mudança, ontem, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidente do conselho de administração da estatal, fez as ações ordinárias (ON, com direito a voto) subirem 3,61%, atingindo a maior cotação desde maio de 2011, R$ 27,30, embora ainda abaixo dos R$ 29,65 usados como referência na megacapitalização de 2010.

De perfil técnico, a atual diretora de Gás e Energia é indicação direta da presidente Dilma Rousseff, de quem é amiga e com quem compartilha o estilo firme. Graça Foster é o nome preferido por Dilma desde sua vitória nas eleições de 2010, quando aceitou a sugestão do ex-presidente Lula de manter José Sergio Gabrielli na presidência da estatal durante 2011, conforme noticiou o Estado de 22 de novembro de 2010.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, avaliou como positiva uma solução vinda dos quadros da empresa e disse que eventuais substituições na diretoria serão ser feitas após a posse da presidente. “O xadrez da sucessão ainda não está definido.”

Graça Foster não respondeu aos pedidos de entrevista. Sua assessoria informou que ela manterá o silêncio até a data do anúncio. Em sua agenda de prioridades, Graça terá de buscar solução rápida para a contratação de 21 sondas de perfuração, projeto de US$ 70 bilhões para a exploração do pré-sal e cuja licitação foi suspensa em dezembro, após impasse sobre quem as construiria. A presidente quer a garantia de produção das sondas no Brasil, como estímulo à indústria local.

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