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‘Este é apenas um ciclo que se fecha’

Presidente da estatal diz que troca no comando é natural e garante que problema com sondas não causou desgaste

Algumas horas antes de embarcar para a Suíça, onde participará do Fórum Econômico de Davos, o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, em entrevista por telefone, classificou sua saída do cargo como parte de um processo normal de mudança de gestão executiva. Para ele, chegou o momento de “fechar o ciclo”. Gabrielli desmente qualquer atrito com o governo e nega que o intrincado processo de contratação de 21 sondas, cuja licitação foi suspensa no mês passado, tenha contribuído para sua saída. “Não tenho nenhuma informação de nenhuma notícia de uma mudança com tensão ou problemas”, disse. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Houve antecipação na sua saída? A que o sr. atribui a troca?

Estou na Petrobrás há nove anos. Como presidente, há seis anos e sete meses. Sou o presidente mais longevo da companhia. Acho natural que isso ocorra. É um ciclo que se fecha. O outro elemento que pesou na mudança foi o convite do governador Jaques Wagner. Estou indo para o governo da Bahia.

Para qual secretaria? É uma preparação para a campanha ao governo em 2014?

Não sei ainda para qual secretaria. O governador é que vai decidir. Estou indo para ajudá-lo no governo, não para fazer campanha. 2014 ainda está muito longe.

O que muda na Petrobrás com a troca na presidência?

Acho que não haverá grandes mudanças. A Graça (Foster) é uma profissional de altíssima qualidade, me dou muito bem com ela. Os grandes temas da companhia permanecem os mesmos, os processos, as formas, as pessoas. Acho que ela vai continuar trabalhando em perfeita sintonia.

As ações da Petrobrás estão subindo muito hoje (ontem). A que o sr. atribui isso?

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