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Governo amplia pacote de estímulos para a indústria

Desde a edição da MP, novos dados apontaram queda na produção industrial e desaceleração da economia, o que levou o governo a ser mais agressivo nas medidas de estímulo, para garantir uma expansão mais forte do Produto Interno Bruto (PIB). O mercado já estima crescimento de 2,53% este ano, inferior a 2011.

Automóveis. Ao mesmo tempo que permite aos importadores de veículos se cadastrarem com o governo para conseguir crédito de IPI, o relatório da MP também passa a exigir a adesão de fabricantes e revendedores a critérios de eficiência energética estipulados pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro). Na versão original da MP, a adesão ao programa de etiqueta veicular do instituto era opcional.

De acordo com o texto, basta ser revendedor de automóveis, estar em dia com o Fisco e investir no País para obter a habilitação no chamado Inovar-Auto, como é chamado o regime automotivo 2013-2017. No ano passado, o governo elevou em 30 pontos porcentuais a alíquota do IPI sobre automóveis fabricados fora do País, para estimular a indústria local. Segundo fontes do governo envolvidas na negociação, a brecha tem o objetivo de permitir a habilitação de montadoras instaladas no Uruguai.

Construção. O relatório de Jucá, que eleva de 54 para 77 o número de artigos do pacote, permite às empreiteiras que atuam no exterior comprar peças, equipamentos, máquinas e mesmo veículos, fabricados no Brasil ou importados, sem pagar IPI, PIS/Cofins, Imposto de Importação nem o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). A isenção vale, até mesmo, se a empreiteira decidir vender o bem lá fora, depois de adquiri-lo sem tributos.

 

Por: IURI DANTAS / BRASÍLIA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)

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