Das quatro concorrências do novo sistema de transporte público de São José, duas não atraíram nenhuma empresa interessada
A Prefeitura de São José dos Campos informou que o fracasso em duas das quatro licitações do novo sistema de transporte público do município não irá impedir a entrada em operação das novas concessionárias do serviço.
No novo sistema, a Prefeitura optou por separar os contratos para operação, tecnologia e parte financeira. De quatro concorrências abertas, duas não atraíram nenhuma empresa interessada. Uma delas foi encerrada em julho (a que definiria a empresa responsável por gerenciar os pagamentos por bilhete único) e a outra em agosto (a que definiria a empresa responsável pelo fornecimento dos sistemas para interligar diferentes meios de pagamento e também por fornecer sinal de Wi-Fi em todos os veículos).
Questionada pela reportagem, a Secretaria de Mobilidade Urbana informou que o novo sistema será implantado mesmo com o fracasso dessas concorrências. “O atual sistema de bilhetagem é um bem reversível da concessão em vigor, será incorporado ao patrimônio público e, caso seja necessário, poderá ser utilizado no sistema futuro, sem afetar o início da operação”, alegou a pasta.
Das outras duas concorrências, a única finalizada até agora é a da operação dos veículos. Os dois lotes foram vencidos pelo Grupo Itapemirim. A Itapemirim Transporte Urbano ficará responsável pelo lote 1, que abrange as regiões norte, oeste e sul, incluindo a Linha Verde, e a ITA Transporte Urbano vai atuar no lote 2, que abrange as regiões leste e sudeste.
Outra licitação, que definirá a empresa que ficará responsável pela gestão dos dados do transporte público, está na fase de recurso da habilitação das concorrentes.
PRAZO.
A Secretaria de Mobilidade Urbana informou que as novas concessionárias do transporte público devem iniciar a operação na cidade em até 150 dias. A Itapemirim Transporte Urbano assinou contrato do lote 1 em 31 de agosto. A ITA Transporte Urbano assinou contrato do lote 2 no dia 14 de dezembro. A habilitação das empresas do Grupo Itapemirim é questionada na Justiça pela oposição e pelo Sindicato dos Condutores.
(Fonte: O Vale)